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Acordo fechado. Governo paga para voltar a ficar com o controlo da TAP

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O Governo de António Costa vai pagar 1,9 milhões de euros para o Estado ficar com 50% da TAP, noticiou o semanário Expresso na sua edição online.

Segundo o jornal, o “Estado vai pagar 1,9 milhões de euros para ficar com 50% das ações e escolhe o presidente do conselho de administração, que passa a ter voto de qualidade”.

O Estado passa a ter 50% das ações da TAP e o conselho de administração passa a ser paritário, com seis elementos nomeados pelo Estado e seis pelo consórcio”, escreve o Expresso, citando o ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques.

Nas declarações ao Expresso, Pedro Marques refere que a comissão executiva “permanecerá” como foi designada pelo consórcio, ou seja, Fernando Pinto vai continuar como presidente da TAP e o filho de Humberto Pedrosa, David Pedrosa, como administrador financeiro.

“A presidência do conselho de administração passa a ser do Estado, que tem voto de qualidade”, acrescentou o ministro.

O semanário refere que o consórcio Gateway, que tinha comprado 61% da empresa em novembro, passa agora a ter 50% do capital da TAP, “menos as ações que vierem a ser adquiridas pelos trabalhadores (até um máximo de 5%)”.

O jornal refere também que o acordo alcançado “pressupõe que a distribuição de direitos económicos só ocorra daqui a pelo menos cinco anos e caso haja uma operação de dispersão de capital em bolsa”.

“Nesse caso, o Estado terá 18,75% dos direitos económicos, caso opte por subscrever parte do empréstimo obrigacionista previsto para os acionistas privados, em situações de mercado idênticas”, acrescenta o jornal.

Na cerimónia de assinatura do memorando de entendimento realizada este sábado, o primeiro-ministro afirmou que vê com “muita satisfação” este acordo.

“Como se diz em bom português, a falar é que a gente se entende e foi isso que aconteceu”, declarou António Costa.

É com muita satisfação que iremos ser sócios não só nos próximos dois anos, vamos ser sócios para sempre”, sublinhou.

O acordo de conclusão da venda direta de 61% do capital da TAP foi assinado no dia 12 de novembro de 2015 entre a Parpública, empresa gestora das participações públicas, e o agrupamento Gateway, na presença da então secretária de Estado do Tesouro, Isabel Castelo Branco, do então secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, Miguel Pinto Luz.

O atual primeiro-ministro sempre se manifestou contra a privatização total da TAP, tendo afirmado em diversas ocasiões que tudo faria para a impedir que a transportadora aérea tivesse mais de 50% do capital privatizado.

Bom Dia

9 Comments

  1. Grande homem!
    Ele Prometeu, ele cumpriu!
    Finalmente alguém zela pelos interesses de Portugal!
    Viva Portugal aqui e além fronteiras!
    Bem haja grande António Costa!

  2. O PS em coligações com a direita, acordos destes jamais seriam possíveis…
    Prá frente é que é caminho António Costa!
    Não sou PS, não sou PC, não sou Bloco de esquerda, não sou laranja nem azul. Mas apoiarei qualquer um que decida o melhor para o meu país.
    Sou portuguesa convicta!

  3. O Estado pode ter de pagar 3xmais do valor que recebeu, pois muito bem.
    Quem é o Estado, são os ZÉS deste Portugal que pagam as contas provocadas pela irresponsabilidade dos políticos.
    Mas como é possível que a rapaziada não entenda que uma Empresa só existe se a sua atividade gerar retorno para fazer face a custos de laboração, manutenção e outros, sem esquecer uma conta de previsão a novos investimentos.
    É fácil não equacionar as realidades, quando as perdas são pagas pelos impostos dos ZÉS.

    • Marrafa deve ter percebido que o estado pagou 1900 milhões… Mas vai pagar um milhão e novecentos mil. Não chega a 2 milhões por 11% da TAP, ficando assim em pé de igualdade na sociedade com a garantia que o nome da TAP e de Portugal, continuará pelos quatro cantos do mundo, assim como as caravelas portuguesas há mais de 500 anos.
      Muito mais do que 1,9 milhões de € andam os ZÉS deste país a pagar por bancos falidos para vende-los depois por coisa nenhuma.

  4. Paga, e o que é que isso tem de mais ZAP? É claro que paga! Pois se fica com mais 11% da TAP, tem mesmo que pagar. Ninguém dá nada a ninguém! Pagando ao mesmo preço que que o anterior governo vendeu, já é bom.

  5. Comigo certamente não fariam acordo nenhum nestas condições, ficariam com a TAP toda inteirinha mas antes todo o meu dinheirinho para cá com a resposta que haverá mais países sérios onde o pudesse investir com segurança, agora resta-nos ver como as coisas vão funcionar e se vamos continuar a alimentar esse monstro preguiçoso e matreiro.

  6. Não percebi… o estado fica com 50% mas só 18,75% dos direitos económicos? E isto se ainda pagar mais 30 milhões para o conseguir? 50% mas não quer gerir, a gestão é para os outros? Será isto apenas uma operação de marketing político? Só um salva face?

  7. Esta é mais uma trapalhada de uma PPP que o Estado paga (todos nós pagamos) e quem ficará a ganhar serão os privados. PPP à moda da corja dita “socialista”. E também para continuarem a fazer greve quando querem. O que vale é que isto são só balelas e o costa e sua pandilha vão cair em breve com grande estrondo!!

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