A versão do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) disponibilizada ao público não contempla a lista das reformas estruturais, pormenores e o calendário com que o primeiro-ministro se vai comprometer perante a Comissão Europeia.
O documento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) disponibilizado ao público está incompleto, faltando-lhe a lista das reformas estruturais que Portugal terá de fazer, os pormenores e o calendário.
Estes detalhes, presentes na versão entregue na Comissão Europeia, foram omitidos da versão publicada para os cidadãos.
No PRR divulgado ao público é apenas possível ler um pequeno resumo sobre estas reformas. Assim, as obras foram tornadas públicas, mas o que é exigido pela Comissão Europeia não.
O semanário Expresso avança esta sexta-feira que isto acontece porque o Governo está a negociar “às escondidas” com Bruxelas.
O Governo prevê revelar os pormenores depois de fechar as negociações com Bruxelas.
Quando a Comissão Europeia aprovar os planos, estes ficarão detalhados como se fosse um memorando de entendimento e será verificável o seu cumprimento a cada semestre. Se houver uma falha no cumprimento das metas ou no andamento dos investimentos, a tranche destinada ao investimento não sai dos cofres de Bruxelas.
Segundo o mesmo jornal, entre reformas e investimentos, seguiram para Bruxelas 1.654 indicadores de metas e marcos a cumprir. Inicialmente, o Governo só deu a conhecer 300.
Além disso, na primeira versão do PRR, publicada na quinta-feira passada, surgia apenas uma tabela dedicada a 37 reformas, algumas com descrição, mas sem detalhes e sem calendário, e outra tabela completa de investimentos e metas quantitativas (189).
Mais tarde, o Governo corrigiu o documento e publicou uma nova tabela com alguma legislação que se propõe fazer (110), mas sem detalhes e calendário específico.
Apesar da correção, o Executivo de Costa continua a ocultar os pormenores, deixando de fora muitas das reformas comprometidas em Bruxelas.
Esta informação foi confirmada por um porta-voz do executivo comunitário. “Portugal partilhou uma série de documentos técnicos com a Comissão Europeia para lá do que decidiu publicar no seu plano”, disse a fonte.
Este programa segue até 2026 – já noutra legislatura – e o Governo vai comprometer-se com um calendário de reformas e prioridades sem o ter acordado com nenhum partido.
Questionados pelo semanário, os partidos da ex-geringonça distanciaram-se do plano. Enquanto fonte do Bloco de Esquerda disse apenas que houve uma reunião que “serviu para que o Governo apresentasse o conteúdo inscrito no documento”, o PCP “manifestou nessas reuniões (e publicamente) o seu distanciamento face a critérios, investimentos e valores contidos neste programa”.
Assim, as conversas com a Comissão Europeia prosseguirão nos bastidores.
Maior prova que vivemos numa ditadura…
Se vivesse numa ditadura, não tinha onde escrever nem pensar.
E, como se comprova pelo comentário, ele escreve mas não pensa!
O pensar jamais algum ditador conseguiu retirar ao ser humano, só o eliminando e desses, tem havido vários, quanto ao escrever, podemos escrever, não podemos é pôr fim às trafulhices de quem nos “governa” contra as promessas que fazem, daí sentir-mo-nos traídos por uma falsa democracia.
Mais uma prova de que a inteligência “não te assiste”!..
PRR, esse plano que tem como objetivo colmatar o impacto da crise provocada (pelas medidas de resposta) pela pandemia, com negociaçoes à porta fechada, legislaçao nao divulgada e cujo tema central em todas as áreas é a atualizaçao tecnologica de Portugal, desde a mobilidade, a digitalizaçao da saude, educaçao e justiça, passando pelo Litio, 5G e Hidrogenio Verde.
Para a area da saude, o investimento tecnologico tambem é significativo qquando sabemos que o maior problema é recursos humanos insuficientes.
Enfim, a bazuca é uma EXPO98 mas à escala europeia, com dinheiro vindo sabe-se la de onde, com diretivas que vieram da UE e sao adaptadas À realidade nacional.
No final ja sabemos o resultado, o investimento é em infraestruturas, tecnologia, obras publicas, redes eletricas e de dados e pouco sobra realmente para melhorar a qualidade de vida portuguesa, seja em termos de ambiente, saude ou educaçao.
Triste e criminoso. Vergonha desta gente que oculta os seus interesses perversos em nome de uma suposta boa vontade para com a sociedade.
É como a canção:
Eu vim de longe de muito longe
O que andei para aqui chegar
Eu vou para longe, pra muito longe
Vota NÓS Cidadãos e Partido da Terra! Qualquer outro partido que para lá vá, procede de forma análoga.