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Governo prevê que incêndio de Oleiros dure até quarta-feira e proíbe trabalhos rurais

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Mário Cruz / Lusa

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita

O ministro da Administração Interna assegurou, este domingo, “todos os esforços” no incêndio que lavra em Oleiros, Sertã e Proença-a-Nova, distrito de Castelo Branco, com prioridade na proteção das populações, admitindo a mobilização do dispositivo até terça ou quarta-feira.

“Admitimos que este incêndio – é necessário dizê-lo com realismo – possa envolver mobilização do dispositivo até terça ou quarta-feira, fazendo uma monitorização permanente do nível de resposta”, declarou Eduardo Cabrita, no final de uma reunião do Centro de Coordenação Operacional Nacional (CCON), na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, concelho de Oeiras, distrito de Lisboa.

Relativamente a este fogo que lavra em Oleiros, Sertã e Proença-a-Nova, o governante disse que “estão mobilizados todos os recursos necessários”, que se consideram “adequados a um incêndio de grande complexidade”.

“Estão, neste momento, no terreno mais de sete centenas de operacionais, 14 meios aéreos e oito máquinas de rasto já em operação”, avançou o ministro da Administração Interna, em declarações aos jornalistas, pelas 12h00.

De acordo com Eduardo Cabrita, “a prioridade é a salvaguarda da vida humana, com a realização das evacuações que se vieram a demonstrar necessárias”.

Assim, o governante adiantou que está, desde sábado, “em contacto muito próximo”, com os presidentes das Câmaras Municipais de Oleiros, Sertã e Proença-a-Nova, considerando que existe “uma plena conjugação na resposta, quer operacional, quer no apoio às populações”.

“Temos verificado, mais uma vez, nos últimos dias que grande parte dos incêndios são evitáveis. Nesta semana, o incêndio de Vale de Cambra começou com um churrasco, o incêndio de Vila Flor, no sábado, começou com trabalhos agrícolas, outros incêndios também fruto de atividades absolutamente evitáveis“, afirmou o ministro.

Nesse sentido, foi determinado que serão “proibidos todos os trabalhos em espaço rural, exceto os de combate a incêndios florestais e a garantia da alimentação dos animais pelo menos até às 24h00 da próxima terça-feira”.

O governante revelou que já foram registados mais de dois mil incêndios no mês de julho, o que equivale a uma média de 120 por dia.

Este sábado, o despiste de uma viatura dos bombeiros da corporação de Proença-a-Nova provocou a morte de um bombeiro, de 21 anos. Outros quatro ficaram feridos.

ZAP // Lusa

2 Comments

  1. Não é só um churrasco a causa de um incêndio destas proporções! Continua a ser a má gestão da floresta, a principal causa destas tragédias. O governo exige ao povo o cumprimento de uma série de medidas que ele descura no que toca às propriedades do estado, porquê? Nada muda na floresta. Os eucaliptos ardem, voltam a rebentar ao longo dos troncos queimados e, passados dois anos, estão aptos para alimentarem novos incêndios voltando a pôr bombeiros e populações em risco! E este vai ser um eterno retorno se a política rural não mudar! Diziam que iam investir em rebanhos de cabras sapadoras, Soube há dias que o governo proibiu que os pastores tenham rebanhos com mais de cem cabras!!!Será verdade??.

  2. Os únicos culpados pelas catástrofes dos incêndios em Portugal têm sido os sucessivos governos que foram e são incompetentes e não esquecer a justiça que nunca funciona com os chamados incendiários assassinos.Mas pensando bem,os piores são os governantes PS,basta ver a história.

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