O Governo já recebeu a auditoria da Deloitte às contas de 2019 do Novo Banco. Na semana passada, a instituição pediu ao Fundo de Resolução mais 600 milhões sobre o exercício de 2020.
A notícia é avançada pelo jornal Público, que acrescenta que a auditoria é fulcral para uma eventual nova injeção no Novo Banco.
O documento vai seguir para o Parlamento numa versão confidencial, ao abrigo da lei 15/2019 que determina uma auditoria especial à gestão de um banco sempre que há injeção de fundos públicos.
A auditoria especial ao Novo Banco incide sobre os resultados de 2019, que apresentaram prejuízos de 1058,8 milhões de euros, tendo dado origem a uma injeção de capital de 1037 milhões de euros, em maio de 2020.
Sempre que há injeção de dinheiros públicos, o Governo fica obrigado a desencadear a realização de uma auditoria aos atos de gestão que conduziram àquelas perdas. Com os dados da auditoria na mão, o Executivo espera tomar decisões sobre uma eventual nova chamada de capital referente ao ano de 2020, para executar em maio de 2021.
A intenção já tinha sido transmitida pelo ministro da Economia, João Leão, que em entrevista ao Jornal de Negócios estabeleceu a relação entre a auditoria e a nova injeção.
“Há uma outra auditoria, que manda a lei fazer, que esperemos que esteja concluída em breve, que tem de preceder qualquer transferência que o Fundo de Resolução faça para o Novo Banco”, disse, na altura.
Além desta auditoria, está outra em curso feita pelo Tribunal de Contas (TC) que, apesar de não ter prazo de entrega, é esperada no Parlamento a tempo de antecipar uma nova injeção de capital.
