Cortesia / AMC Networks

Canal História faz campanha visualmente impactante: associa números tatuados nos sobreviventes do Holocausto a estatísticas atuais sobre crimes de ódio.
O Holocausto terminou há 80 anos. Muita gente não sabe o que foi, outros sabem mas já se esqueceram. Outros (poucos) passaram mesmo por essa fase.
Para evitar o esquecimento desse período marcante, o Canal História faz uma campanha visualmente impactante: associa números tatuados nos sobreviventes do Holocausto a estatísticas atuais sobre crimes de ódio.
As tatuagens de identificação dos prisioneiros de Auschwitz, sobreviventes do Holocausto, passam a uma representação visual com estatísticas atuais sobre crimes de ódio a nível mundial.
Entre os números estão os 33.963 crimes de ódio por racismo na Alemanha em 2024, ou os 50.023 vídeos com discursos de Hitler disponíveis no TikTok. Ou os 1.856 “gostos” num comentário onde se lê “Sentimos a tua falta, Hitler“.
A campanha audiovisual chama-se ‘Relembrar para não repetir’ e serve sobretudo para alertar para o crescimento do neonazismo no mundo. Para recordar um dos momentos mais sombrios da história mundial, sinónimo de ódio e desumanização – que não são fenómenos do passado.
“A história apenas é relevante se a recordarmos“, explica Maurizio Vitale, diretor da AMC Networks International Southern Europe, distribuidora do Canal de História em Espanha e Portugal.
“Estamos num momento critico em que muitos dos sobreviventes do Holocausto já não estão entre nós para contarem as suas histórias. É nossa responsabilidade divulgar estes factos e fazer o que estiver ao nosso alcance para que as lições do passado não sejam esquecidas, sobretudo quando as forças do extremismo ganham terreno”, justificou em comunicado enviado ao ZAP.
A campanha foi distinguida com 3 ouros na 27.ª edição do Festival Clube da Criatividade de Portugal, entre outras distinções.