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Governo anuncia “medidas adicionais” e acusa Passos de falhar meta do défice

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d.r. partidosocialista / Flickr

O ministro das Finanças, Mário Centeno

O ministro das Finanças, Mário Centeno

O ministro das Finanças, Mário Centeno, anunciou esta quinta-feira que serão necessárias “medidas adicionais” para manter o défice abaixo dos 3% e permitir que o país saia do procedimento por défices excessivos instaurado pela União Europeia no final deste ano.

Em conferência de imprensa no fim da reunião do conselho de ministros, Mário Centeno disse que a meta de 2,7% não foi cumprida e que são necessárias medidas extraordinárias, com reforço da contenção de todas as despesas não urgentes.

O Governo vai adotar, até ao final do ano, medidas de “congelamento de processos pendentes de descativações e transições de saldo de gerência considerados não urgentes”, além de “uma redução dos fundos disponíveis das administrações públicas para 2015 em 46 milhões de euros e a não assunção de novos compromissos financeiros considerados não urgentes”.

O ministro das Finanças não quis avançar qual seria o défice caso não fossem aplicadas estas “medidas adicionais”, mas assegurou que “o objetivo orçamental não foi cumprido“, ou seja, o antigo Governo falhou a meta de fechar o ano com um défice de 2,7% que tinha sido prometida por Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque.

Centeno acrescentou, em resposta às questões de jornalistas, que a meta do défice de 2,8% em 2016 não vai requerer medidas adicionais, mesmo tendo em conta os anúncios feitos relativamente a 2015.

“É um exercício difícil e exigente para a administração pública, mas que incide sobre verbas e compromissos considerados não urgentes. Estamos confiantes que, com um esforço adicional, a situação do país possa ser acautelada, saindo dos procedimentos por défices excessivos”, afirmou o ministro das Finanças.

Mário Centeno disse ainda que será enviado a Bruxelas ainda em dezembro um documento com as linhas gerais do Orçamento de 2016, e que as Grandes Opções do Plano serão conhecidas em janeiro.

No Programa de Governo aprovado na semana passada no Parlamento, o novo executivo socialista previa já um défice de 3% do PIB este ano e comprometia-se com a sua redução ao longo da legislatura: para 2,8% em 2016, para 2,6% em 2017, para 1,9% em 2018 e para 1,5% em 2019.

O anúncio do Governo surge um dia depois do deputado socialista Paulo Trigo Pereira ter admitido no Parlamento que iria ser difícil fechar o défice nos 3%.

“Se a execução orçamental deste último trimestre for igual à do ano passado, teremos um défice excessivo de 3,1%”, afirmou Trigo Pereira, sublinhando que o Governo de Costa apenas poderá ser responsabilizado pelos últimos 29 dias do ano.

ZAP

9 Comments

    • De política não entendo nada… bom nada! Não há nada para entender…
      roubar, aldrabar, matar, esfolar,… e muito mais, qualquer sem caráter é capaz!
      Mas burro é tudo o que votou PS, PSD/CDS nas últimas eleições e mais burro é o que vai votar nestes partidos nas próximas eleições…

      Aqui temos de ter em conta o que andou a maioria caída a fazer nas últimas 2 semanas antes de o Cavaco ter feito o jeito ao Coelho! Sim o jeito, pois o Cavaco optou por um governo de gestão chefiado pelo Coelho mas, este engendrou algo melhor e pedi-o para ser indigitado o Costa…

      O plano do coelho e do PSD/CDS, parece que muito desconhecem o plano…

  1. Não sei do que se queixam, não andaram a votar esquerda? O Sócrates disse: Não pagamos

    Este é o nº 2 dele porque haveria de fazer diferente?

    “congelamento de processos pendentes de descativações e transições de saldo de gerência considerados não urgentes”

    Ou seja não se paga a quem se deve para a conta bancária subir

  2. Isto de aparecerem as antigas namoradas todos juntas a escorraçar a noiva que o marido escolheu, alegando que todas juntas fazem uma mulher mais completa, tem uns custos que vão ser justificados da pior forma… IMPOSTOS.
    Mas afinal essa tal maioria de esquerda – esclarecida, iluminada, vanguardista e hiper-democrática – já não tem a tal receita mágica para acabar com a austeridade?!
    Ainda não passou um mês e já estão a apontar o dedo aos do passado?!
    Os do passado vieram gerir a bancarrota assumida e herdada em 2011.

  3. Medidas adicionais ou cumprimento orçamental e esperar pelas receitas do final do exercício?
    Na política há uns que se prestam a contos do vigário e outros expedientes! Quer dizer, os outros andaram lá 11 meses e asseguravam 2,7% e estes em 20 dias querem medalhas para ficarmos abaixo dos 3%… Cambada de manipuladores de “sorriso na venta”

  4. Pois é agora num mês que o senhor Centeno vai ter que aplicar medidas adicionais segundo ele para salvar o défice para depois e mais a sua armada de esquerda virem clamar aos quatro ventos que foram eles em poucos dias que salvaram o défice do País, isto é cómico demais para ser verdade, mas que se cuide porque para 2016 vai haver défice também inteirinho “talvez” à conta deles e então aí é que ele, o senhor Costa e restante comitiva de extrema-esquerda é que vão ver como vai ser possível baixar o défice aumentando salários, regalias e baixando impostos como o prometido, cá estaremos para ver o milagre e bater palmas!.

  5. Convém lembrar o chefe do bando que assaltou o poder em Portugal que por sua culpa o País esteve privado de governo durante meses, que a atitude desonesta do “Chefe” gerou e continuará a geral desconfiança por parte dos agentes econômicos e investidores internacionais, e que inevitavelmente irão contribuir para o empobrecimento deste mártir povo.

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