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Filipa Roseta. “Governo está a adjudicar 1400 milhões a construtoras à margem da lei”

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PSD / Flickr

Filipa Roseta (esq)

Filipa Roseta acusa o Governo de “recuperar as políticas socráticas de adjudicação direta”. “O maior programa de obras públicas que está a acontecer neste momento não segue o Código dos Contratos Públicos.”

A cabeça de lista pelo PSD em Lisboa, Filipa Roseta, acusou o Governo de estar a adjudicar 1400 milhões de euros diretamente a construtoras à margem da lei, em entrevista à Rádio Observador esta quinta-feira.

“O maior programa de obras públicas que está a acontecer neste momento não segue o Código dos Contratos Públicos“, denunciou a vereadora da Câmara Municipal de Cascais, no programa Direto ao Assunto, da Rádio Observador.

Filipa Roseta referia-se ao Fundo Nacional de Reabilitação do Edificado, criado em Conselho de Ministros e descrito pelo Governo como “um fundo especial de investimento imobiliário fechado, de subscrição particular e de duração indeterminada”.

“Se cada vez que o Governo tem um programa de obras públicas cria uma exceção a este código, está a criar exceções à regra e a única coisa que temos de fazer no combate a corrupção é não criar exceções a regra”, defendeu a social democrata.

Por esse motivo, Roseta elegeu o combate à corrupção como uma das prioridades da sua candidatura, acusando o Governo de estar a “recuperar as políticas socráticas de adjudicação direta de dinheiros públicos”.

“É a mesma política de adjudicação da Parque Escolar”, disse, adiantando que só está “nesta aventura” por causa de José Sócrates. “Porque cheguei a um momento em que achei que ele era mau demais para ser verdade.”

Filipa Roseta propôs ainda que o Estado se afirme como construtor de habitação para arrendamento a jovens casais. “O Estado consegue fazer construção, sem lucro e pagar o investimento”, atirou, classificando como “assustador” o aumento de 20% ao ano dos preços da habitação.

ZAP //

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