O banco de investimento Goldman Sachs foi de tal forma afetado pelos problemas no BES que terá tido que cortar nos lucros e bónus entregues aos seus colaboradores, nas contas do final de 2014.
O Expresso descreve que o banco de investimento e alguns dos seus clientes tinham financiado o BES em 835 milhões de dólares (709 milhões de euros) em julho, através da Oak Finance Luxembourg. No entanto, em 22 de dezembro, uma decisão do Banco de Portugal deixou o empréstimo sem garantia.
O Goldman Sachs teve de registar, assim, no balanço do 4º semestre de 2014, imparidades relacionadas com o empréstimo feito ao Banco Espírito Santo, penalizando assim os lucros apresentados e os prémios a pagar aos colaboradores, de acordo com a agência Reuters.
Os executivos de topo do Goldman Sachs reuniram-se para decidir sobre o registo de imparidades e como iria afetar as compensações dos colaboradores, segundo fonte próximas do processo. Sabe-se que entre 15 e 20 funcionários do banco estiveram envolvidos no caso do BES, mas devido à forma como a Goldman estrutura a distribuição dos bónus até 50 colaboradores no grupo serão afetados por este corte, de acordo com a agência noticiosa.
O banco norte-americano acreditava que o empréstimo feito pela Oak Finance seria protegido após o BES ter sido dividido num “banco bom” e num “banco mau”, em parte porque um representante senior do BdP o afirmou por escrito, segundo a porta voz do Goldman Sachs.
ZAP
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Mas que aborrecimento
Estou a pensar fazer uma campanha de angariação de fundos para valer a estes pobres coitados