Galamba desespera para ser ouvido como arguido, mas 8 meses depois não há “prova pronta”

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Tiago Petinga / Lusa

O ministro das Infraestruturas, João Galamba

O ex-ministro João Galamba já pediu cinco vezes para ser ouvido pelo Ministério Público no âmbito da “Operação Influencer”, onde é arguido, mas sem sucesso. Ou foi ignorado, ou teve o pedido recusado.

Galamba, ex-ministro das Infraestruturas, está há quase oito meses para ser ouvido pelos procuradores do Ministério Público (MP) devido às suspeitas de recebimento indevido de vantagem que recaem sobre ele.

Na mesma condição estão outros dois arguidos do caso que não foram detidos pelas autoridades nas buscas de Novembro de 2023 – Nuno Lacasta, ex-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, e João Tiago Silveira, ex-secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros e ex-secretário de Estado da Justiça no Governo de José Sócrates.

Mas Galamba tem sido o mais insistente com o MP, para ser ouvido enquanto arguido da “Operação Influencer“. De acordo com o Expresso, já pediu para ser ouvido cinco vezes, sem sucesso. Isto porque o MP ainda não terá a “prova pronta”, segundo o mesmo jornal.

O ex-ministro foi alvo de escutas telefónicas durante quatro anos e é visto pelo MP como o “mentor” do alegado esquema que beneficiaria o data center da Start Campus em Sines.

O actual consultor da empresa Enline, foi alvo de buscas domiciliários e acabou por se demitir do Governo devido às suspeitas.

MP ainda estará a “analisar prova recolhida”

António Costa só foi ouvido pelo MP no mesmo processo a seu pedido porque, como não é arguido, “tem esse direito assegurado”, nota o Expresso. O ex-primeiro-ministro não foi constituído arguido, o que significa que não existem provas suficientes contra ele.

Quanto a Galamba e aos outros dois arguidos, o MP ainda deve estar a fazer “a análise da prova recolhida nas buscas para poder confrontar os arguidos com os factos que considera suspeitos”, refere ao Expresso uma fonte judicial.

Outra fonte judicial nota ao jornal que é o MP que deve “definir o timing da investigação” e que “os arguidos não são ouvidos por requerimento, quando querem“, desvalorizando, assim, a espera.

“Não faz sentido revelar aos suspeitos as provas do processo quando o caso ainda não está sedimentado”, acrescenta esta fonte.

ZAP //

3 Comments

  1. É Auto-Ilibar-se e ser Rumo à UE, como o Costa e Miguliito Alburquerque, só andam neste a viver bem do Erario Publico, e a gozar de Regalias e Moprdomias pagas pelo Povo.
    Essa gentalha, nem para limpar retretes se os queria por perto.

  2. De Justiça lenta , passa a ser Justiça inexistente . Exemplos não faltam , andam todos a solta graças ao “Sistema” , menos o peixe miúdo , esse sim é enlatado !

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