Manuel de Almeida / Lusa
João Galamba
Ex-ministro socialista saiu das sombras para comentar o novo Governo de Luís Montenegro, com atenções viradas para uma pasta que conhece bem. “Espero que a nova ministra não ceda ao populismo dos micro-projetos”.
Portugal já conhece os novos donos das várias pastas do novo Governo liderado pelo presidente do PSD Luís Montenegro. É o alinhamento mais velho e ao mesmo tempo o que tem menos tempo de experiência a exercer no poder, mas é também o quinto maior e o terceiro com mais mulheres de sempre.
Uma dessas mulheres é a próxima Ministra do Ambiente e a Energia, Maria de Graça Carvalho, eurodeputada e especialista em energia. A par de Fernando Alexandre, o novo Ministro da Educação, Ciência e Inovação, é uma das surpresas na composição do novo governo — e já foi vista “à lupa” pelo ex-dono da pasta que vai ocupar, João Galamba, que esteve no cargo de 30 de março de 2022 a 4 janeiro de 2023.
Quebrando um silêncio público de meses, Galamba — que se demitiu em novembro do cargo de ministro das Infraestruturas após ter sido constituído arguido na Operação Influencer — acredita que a nova ministra é uma “boa escolha”, mas mostra discórdia, nomeadamente sobre o tema hidrogénio.
“Boa escolha para a Energia. Só um reparo: talvez atualizar o discurso” sobre o hidrogénio “porque ficou parado em 2019/20”, escreveu João Galamba, na rede social X.
Boa escolha para a Energia. Só um reparo: talvez atualizar o discurso sobre h2 da @mgracacarvalho, porque ficou parado em 2019/20. As apostas ligadas a indústria que a nova ministra defende já estão todas em curso há anos e o projeto que critica foi abandonado, também há anos.
— Joao Galamba (@Joaogalamba) March 29, 2024
“As apostas ligadas a indústria que a nova ministra defende já estão todas em curso há anos e o projeto que critica foi abandonado, também há anos”, sublinha, identificando a conta da nova ministra. O que Carvalho defende no H2, “e bem, já está em curso: projetos descentralizados e ligados a indústria e a produtos verdes de elevado valor acrescentado – amónia, metanol, aço verde, jet fuel. Tudo em curso. Importa continuar e aprofundar”, concluiu.
Sobre os projetos solares de grande dimensão, “espero que a nova ministra não ceda ao populismo dos micro projetos e reconheça que não há descarbonização sem aceleração de todos os projetos – grandes, médios e pequenos – e combata o populismo em torno dos projetos solares”, lê-se ainda na publicação do ex-ministro, que instou à ministra que “faça uso do regulamento europeu que considera os projetos renováveis de ‘overriding public interest’ para garantir que a maior oportunidade industrial que este país já viu (as renováveis) avança mesmo”.
Maria da Graça Carvalho, eurodeputada desde as eleições de 2019, foi relatora de de duas grandes reformas legislativas na área da energia, lembra o Jornal de Negócios — a do mercado elétrico e da monitorização dos mercados grossistas de eletricidade e gás.
Volta agora a um governo liderado pelo PSD, depois de ter sido ministra da Ciência e do Ensino Superior no governo de Durão Barroso, entre 2002 e 2004, e ministra da Ciência, Inovação e Ensino Superior no curto governo de Pedro Santana Lopes.
Boa escolha, amigalhaços e trafulhices sempre entre os mesmos. Este governo com os dias contados tem uma.unoca função esvaziar os cofres o mais rápido possível
Se este tipo diz que a ministra é boa escolha começo a duvidar da competência da ministra!!!
Para começar, quem é que ele se julga???
Que competência tem e, sobretudo, que ‘elevação moral’ tem para emitir juízos de valor sobre seja quem for?
Devia estar caladinho, num buraco, à espera da justiça….
A futura ministra diz o que sabe e, como se confirma, sabe muito.
Só não sabe que o que diz querer fazer, há muito está ultrapassado.
Seria de toda a conveniência que antes de verbalizar os seus propósitos, se tivesse inteirado do que foi feito e do que está em curso, por parte do governo PS e João Galamba, muitos fusos acima em competência e conhecimentos.
Quanto às contas com a justiça, não tarda que poucos sobrem. Também Miguel Pinto Luz e o próprio primeiro ministro indigitado, além de outros, aguardam notícias dessas bandas, cujo trabalho parece ficar-se por acusações, colocando nomes na lama e julgamentos na praça pública.
Os “gaijos” do avental estão muito ativos! Tudo boa gente, excelente governo.
O dinheiro dos holandeses e dos alemães será bem “distribuído” PRR…
Ó Lucinda, deixa-me dizer que tu e este Galamba não param de me surpreender… Um poço de sabedoria mas cujos projectos que aprovou estão envolvidos em polémica, alguns com casos judiciais.
Espero que este amigo e defensor acérrimo de José Sócrates continue a fazer comentários como este, que me diverte sempre que os leio.
O to Manel é muito divertido…. é da idade…
Continue a divertir-se, que lhe faz bem aos endófagos, mas não se esqueça de ir ao optometrista.
As melhoras
O ex -ministro João Galamba não tem credibilidade nenhuma. São os processos judiciais mas, e, também, a forma como se comportou enquanto ministro e secretário de Estado. Uma vergonha. O partido que mais tentáculos tem é o PS. É um polvo.