O impasse em torno de António Sampaio da Nóvoa está a obrigar o Livre e o Bloco de Esquerda a considerar candidaturas próprias e os críticos de Seguro no PS a reconsiderar.
A cinco meses das eleições presidenciais, o Bloco de Esquerda e o Livre continuam sem um candidato oficial. O nome de António Sampaio da Nóvoa tem sido o preferido dos dois partidos e de uma ala significativa do Partido Socialista (PS), mas a sua hesitação está a gerar crescente frustração entre os partidos que defendem uma candidatura agregadora e independente.
Sampaio da Nóvoa, antigo reitor da Universidade de Lisboa e candidato presidencial em 2016 com 23% dos votos, tem dado sinais ambíguos, recusando alimentar expectativas. A esquerda, que vê nesta figura a melhor hipótese de levar as eleições a uma segunda volta, começa a admitir planos alternativos. Segundo avança o Expresso, caso Sampaio da Nóvoa não avance, BE e Livre ponderam candidaturas próprias.
O BE já admite repetir a estratégia usada com Fernando Rosas, Francisco Louçã ou Marisa Matias, enquanto o Livre, sem Rui Tavares disponível, considera lançar uma mulher como candidata, nomeadamente Patrícia Gonçalves, deputada e professora universitária.
A pressão aumenta também dentro do PS, com figuras de peso como Augusto Santos Silva e Eduardo Ferro Rodrigues a apoiarem abertamente a candidatura de Nóvoa. Este último chegou a sugerir que até antigos críticos de António José Seguro poderiam reconsiderar o seu apoio, caso a indecisão continue.
A esquerda acredita que, perante o cenário de uma fragmentação da direita com potenciais candidaturas de João Cotrim de Figueiredo, Rui Moreira e André Ventura, uma candidatura agregadora de centro-esquerda deverá conseguir entre 10% a 15% dos votos e garantir a presença numa segunda volta.
Contudo, tanto o BE como o Livre excluem qualquer apoio ao candidato do PCP, António Filipe, alegando falta de disponibilidade dos comunistas para convergir numa solução comum. Apesar de o nome de Filipe poder integrar um referendo interno no Livre, o entendimento do partido é que o candidato do PCP representa um eleitorado distinto.
O Triunfo dos Porcos. Se acham que o Martelo é mau demais, esperem pela próxima colheita!! É com cada um que até sinto vergonha alheia de dizer que nasci aqui …