Autarquia catalã proíbe “rali tascas profissionais” em toda a cidade, 24 horas por dia, sete dias por semana. É mais uma.
A Câmara Municipal de Barcelona aprovou um decreto que proíbe, em toda a cidade e durante 24 horas por dia, todos os dias da semana, a promoção e organização de “rotas de álcool” entre estabelecimentos públicos.
A medida, avança o jornal La Vanguardia esta quarta-feira, visa proteger a convivência cidadã, o descanso dos moradores e a saúde pública.
O novo regulamento vai mais longe e também proíbe qualquer “divulgação publicitária, por qualquer meio, de atividades relacionadas” ao também conhecido como pub crawling, que tem vindo a tornar-se popular nas várias cidades turísticas de todo o mundo.
“A oferta consiste em consumir uma ou mais bebidas, normalmente de baixa qualidade e de forma relativamente rápida, para passar ao estabelecimento seguinte”, explica o Ajuntament, citado pelo Público.
“Vários portais anunciam esta atividade como uma experiência própria da cidade, mas a cidade não está interessada nestas atrações. O nosso objetivo é garantir a convivência entre os cidadãos, o descanso dos vizinhos e a saúde pública”, adianta o vereador do Turismo Jordi Valls.
E em Portugal?
Barcelona não é a única em guerra com o pub crawling. Praga, uma das capitais da prática noturna, também ativou a proibição das 22h00 às 06h00.
Nesse contexto Portugal não foge à regra, sendo que estes “rali tascas” para turistas são organizados por várias empresas em Lisboa e Porto. São organizados, têm um roteiro e contam com a presença de guias turísticos. Promovem a “derradeira experiência noturna” nos bares das cidades, com shots, cocktails e por vezes bar aberto à mistura. Têm pacotes com tudo incluído: é só pagar ao organizador e beber à vontade.
Recorde-se que Albufeira acaba de proibir a venda de álcool para consumo na rua entre as 23h00 e as 8h00, pouco tempo depois de o Porto o fazer, por sua vez, entre as 21h00 e as 08h00.
A nova proibição catalã terá uma validade de quatro anos a partir da sua entrada em vigor. O decreto, assinado pelo presidente da câmara, entra agora em fase de consulta pública por 20 dias e impede a venda, promoção ou realização de circuitos por bares e locais de diversão noturna.