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Bruxelas propõe Fundo de Recuperação de 750 mil milhões de euros

partyofeuropeansocialists / Flickr

Paolo Gentiloni, comissário europeu da Economia

A Comissão Europeia vai propor um Fundo de Recuperação de 750 mil milhões de euros para a Europa superar a crise provocada pela pandemia da covid-19.

“A Comissão propõe um Fundo de Recuperação de 750 mil milhões de euros, além dos instrumentos comuns já lançados. Um avanço europeu para fazer face a uma crise sem precedentes”, escreveu no Twitter o comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni.

De acordo com a agência alemã Dpa, dois terços do montante do Fundo, ou seja 500 mil milhões de euros, serão canalizados para os Estados-membros através de subsídios a fundo perdido, e os restantes 250 mil milhões na forma de empréstimos.

A agência noticiosa acrescenta que esta proposta de Bruxelas vai lançar as negociações, que se esperam difíceis, entre os 27 Estados-membros da União Europeia, que têm vindo a discordar sobre qual é a melhor forma de financiar a recuperação económica do bloco comunitário.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, vai apresentar formalmente a proposta ainda esta quarta-feira, no Parlamento Europeu, às 13h30 locais (12h30 de Lisboa).

De acordo com o jornal Público, a responsável alemã também vai proceder a uma revisão da proposta para o próximo quadro financeiro plurianual, que deverá ter um valor global em torno de 1,11 biliões de euros. Esta “solução transitória” (bridge solution) também exige a unanimidade dos líderes do Conselho Europeu.

Além disso, acrescenta o diário, a líder do Executivo comunitário vai pedir aos Estados-membros para adotar uma decisão sobre os recursos próprios da UE, para aumentar o seu atual limite até aos 2% do Rendimento Nacional Bruto dos países e, assim, aumentar a margem orçamental que serve de garantia para o endividamento da Comissão Europeia nos mercados.

Antes deste plano de 750 mil milhões, França e Alemanha tinham chegado a acordo para que o Fundo de Recuperação tivesse 500 mil milhões de euros. No entanto, a proposta franco-alemã enfrentou, de imediato, a oposição dos chamados “estados frugais”.

ZAP // Lusa

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