O coletivo C19, composto por 600 médicos, apresentou uma queixa ao Tribunal de Justiça da República contra o primeiro-ministro francês, Édouard Philippe, e a antiga ministra da Saúde, Agnès Buzyn, por “mentiras de Estado”.
De acordo com um artigo da TSF, os três médicos fundadores do coletivo – Philippe Naccache, Emmanuel Sarrazin et Ludovic Toro – apresentaram a queixa à única jurisdição com competência para julgar atos cometidos por membros do governo em exercício das suas funções.
Os autores acusam aqueles responsáveis de se terem abstido “voluntariamente de tomar ou implementar medidas que permitissem (…) combater um sinistro natural, o que criou um perigo para a segurança das pessoas”, como a propagação da epidemia de Covid-19, punida com dois anos de prisão e uma multa de 30 mil euros.
Questionado pela TSF, o coletivo C19 indicou a queixa tratar-se “de uma iniciativa de médicos que estão no terreno e que se apercebem que desde o início desta crise nada mudou e que sobretudo muitas promessas foram feitas, sem resultado no terreno”.
“Anunciaram durante todas as semanas a chegada de máscaras e não nos chegou nada. Pensámos testar as pessoas, o que não foi feito em laboratório, portanto tínhamos a escolha entre esperar pelo fim desta pandemia para nos exprimirmos ou fazê-lo agora. Tomámos a decisão de o fazer agora porque esta situação vai durar dois meses, portanto as coisas têm de acelerar”, referiu.
E acrescentou: “As coisas têm de acelerar porque demorámos quinze dias, e sinceramente, bem mais do que isso… Temos dois meses de atraso. Medidas foram tomadas em todos os países: na China, em Itália, na Coreia do Sul. Essas medidas baseavam-se em três coisas: a quarentena, o teste rápido de todas as pessoas e a utilização de máscaras. Falhámos a fase de testes e as máscaras”.
À pergunta da TSF sobre se a França vai a tempo de, entre outras medidas, fazer mais testes e distribuir mais máscaras, o coletivo C19 respondeu que se está “na fase 3 da pandemia, momento que precede a descida dos números”.
“Era preciso agir durante a fase 2, não agora. Entendemos na fase 3 que o vírus se instalou no território; na fase 2 deveríamos ter tomado todas as precauções no que diz respeito aos testes e máscaras para evitar a rapidez da propagação, porque o objetivo nisto tudo não é parar o vírus, porque não poderemos pará-lo e de qualquer das formas esta pandemia parará quando aproximadamente 70% da população estiver infetada”, indiciou.
O coletivo C19 frisou que, neste momento, não é possível travar o vírus. “Dou-vos um exemplo muito concreto: estou no meu gabinete médico enquanto estou a falar consigo, há pessoas a tossir, que têm febre, vão sair do meu gabinete e não têm acesso a uma máscara. Mesmo se lhes prescreva uma máscara, não a encontrarão em farmácia e nós estamos em fase 3, e não no primeiro dia da fase 3. Isto é inadmissível. Enquanto médico recebi máscaras muito tarde, consultei durante dez dias pessoas que tossiam. Gostaria de poder saber se sou portador para não o transmitir a outras pessoas”.
Sobre as declarações do diretor-geral de Saúde francês, Jérôme Salomon, que afirmou que apenas os médicos precisam de usar máscara, o coletivo C19 afirmou que esse facto é “mentira”. “Como imaginar um discurso como este da parte do Diretor-Geral da Saúde, que ousa dizer que as máscaras não servem para nada e que todos temos acesso a máscaras”.
“Que ele desça da sua direção, que vá para a rua, que vá ver os médicos, os enfermeiros – tanto liberais como hospitalares – e verá então a realidade. É inadmissível que ele tenha dito que as máscaras não servem para nada: quer dizer que os chineses se enganaram, que os italianos se enganaram, que os coreanos se enganaram. Seríamos o único país no mundo no qual as máscaras não servem para nada. A medicina não muda de um país para o outro, o vírus é o mesmo em todos os países, razão pela qual devemos aplicar as mesmas medidas, porque o nosso objetivo comum é de salvar pessoas”, apontou.
Cinco médicos já morreram devido à infeção pela Covid-19. O coletivo C19 notou que, “em todas as crises sanitárias”, “os primeiros a cair são os que estiveram em contacto com os pacientes: o pessoal de saúde, os médicos e enfermeiros”.
“Falamos somente dos médicos que morreram, mas devemos também falar dos quadros de saúde, dos enfermeiros que morreram, das pessoas que estiveram na linha da frente deste o início”, declarou.
O coletivo C19 defendeu ainda a urgência em encontrar uma solução. “Temos uma pessoa que nos diz que hidroxi e cloroquina podem funcionar. O problema de um ensaio clínico, é que leva tempo para ser validado pelas autoridades e penso que não temos tempo. Alguns países já passaram por cima das suas autoridades médicas e das autorizações necessárias, metem-no no mercado e distribuem-no”.
“Hoje não há muitos tratamentos para pessoas que foram atingidas pelo Covid-19, a não ser a reanimação. Penso que este medicamento que conhecemos bem o anti-paludismo, o antibiótico também… Dizem-nos que há efeitos secundários, mas entre efeitos secundários ou uma morte programada, prefiro os efeitos secundários, sobretudo quando os conhecemos. Penso que devemos acelerar, não devemos esperar três ou seis semanas para chegar a conclusões porque haverá demasiadas mortes e alguns países já passaram por cima dessa autorização necessária pelas autoridades medicais”, rematou.
Como apelo, o coletivo C19 pediu às pessoas para não saírem de casa. “Não é para não ser contaminado, porque o que quer que aconteça, enquanto alguns de nós não estivermos contaminados, o vírus não parará. Mas é preciso fazê-lo progressivamente. Estamos longe do início da contaminação, portanto agora ninguém deve de sair de casa”.
“As pessoas devem perceber que há uma necessidade vital por detrás deste confinamento e que é necessário proteger-se e proteger os outros, para juntos ganharmos esta batalha contra o vírus”, disse ainda.
amigos o q se passa na Franca passa se o mesmo em Portugal. Os politicos de M____ tb dizem q so deve usar mascaras quem esta infectado!!!! os chineses estao errados ? NÃO. Eles SEMPRE usaram mascaras e entres outras medidas tais como PARAR as industrias que não são essenciais, o caso de pequenas confecções , serrações, são essenciais em quê? Só se for p infectar mais gente. Existem mais nrs de infectados no Norte porque razão? Porque as industrias estão TODAS a trabalhar !!! Assim amigos não vamos lá. AS autoridades andam a multar pessoas Durante fim de semana que estão fora casa , porque não podem andar? A semana as autoridades não se importante se há ajuntamento de pessoas nos locais de trabalho!! governo diz uma coisa na TV e dá instruções diferentes ás autoridades. Politicos de M—– querem é ver-nos mortos a todos só pode. Vão querer pessoas p trabalhar e não vão ter e a economia assim NUNCA vai arrancar.