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Fotografias de reconhecimento facial de chineses estão à venda por 6 cêntimos

Um pacote que inclui fotografias de reconhecimento facial, informações bancárias e números de telemóvel e identificação estão à venda no mercado negro chinês. Cada fotografia custa sensivelmente seis cêntimos.

Pelo preço de uma pastilha elástica há pouca coisa que se possa comprar, mas na China é possível comprar fotografias aleatórias de reconhecimento facial. No mercado negro chinês, uma delas custa apenas seis cêntimos. Há pacotes com mais de 20.000 fotografias e informações pessoais, escreve a agência de notícias chinesa Xinhua.

Pode parecer algo frívolo, mas este tipo de conteúdo pode ser utilizado para um criminoso se fazer passar por outra pessoa. O OneZero escreve que, por pouco mais de quatro euros, também é vendido um software que permite criar deepfakes para, por exemplo, contornar algumas restrições de segurança em aplicações de encontros online chinesas.

O mesmo acontece em fornecedores de internet, aplicações de redes sociais e bancos, que exigem o reconhecimento facial para verificar a identidade de uma pessoa.

O deepfake é uma tecnologia que usa inteligência artificial para criar vídeos falsos, mas realistas, de pessoas a fazer coisas que nunca fizeram na vida real.

Estes pacotes de fotografias são comercializados em famosos sites de compras. Quando o utilizador mostra interesse em comprar o produto, é redirecionado para uma conversa numa aplicação de mensagens encriptada, como o WeChat. O produto final é enviado sob a forma de um link para um serviço de armazenamento na cloud.

Felizmente, no ocidente, o uso de reconhecimento facial como medida de segurança é algo pouco comum. No entanto, em países como a China, este pode revelar-se um problemas bastante mais sério.

Os pacotes à venda no mercado chinês são o resultado ilícito de quando a cara se torna a nossa palavra-passe. Caso a moda se alastre até à Europa, este pode vir a revelar-se um problema nosso também.

ZAP //

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