Nuno Melo poderia ser o sexto candidato à liderança do CDS, se não fosse eurodeputado pelo partido no Parlamento Europeu. Ao jornal i, Nuno Melo garantiu que se fosse deputado, “já teria apresentado uma candidatura”.
“Não serei candidato. E digo-lhe com toda a franqueza: não serei candidato porque sou deputado ao Parlamento Europeu e garanto-lhe que já teria apresentado uma candidatura se fosse deputado à Assembleia da República“, disse Nuno Melo ao jornal i.
O eurodeputado recorda ainda que, em janeiro, o partido terá um congresso – e não um conselho nacional. O congresso é à porta aberta e tudo o que se passar terá repercussões maiores considerando que é “um grande espaço de discussão, mas também um grande espaço mediático”.
Nuno Melo alertou que “se o congresso for fundamentalmente conflituoso” poderá haver uma “disputa e um resultado e, no final, uma franja do partido alheada” O eurodeputado considerou também que as disputas internas no partido “são tradicionalmente muito difíceis”.
Nuno Melo e Telmo Correia são os primeiros subscritores da moção “Direita Autêntica” que será levada ao congresso de janeiro e quer criar bases de entendimento para acautelar a coesão interna do partido.
Já há cinco candidatos à liderança do CDS. Francisco Rodrigues dos Santos, presidente da Juventude Popular, é o quinto candidato a entrar na corrida à liderança do CDS-PP, que é escolhido no 28.º congresso nacional do partido, em 25 e 26 de janeiro de 2020, depois de Abel Matos Santos, porta-voz da Tendência Esperança em Movimento; Filipe Lobo d’Ávila, ex-deputado, e João Almeida, porta-voz do partido; e Carlos Meira, empresário e ex-líder da concelhia de Viana do Castelo.
João Almeida reúne o apoio da líder parlamentar do CDS, Cecília Meireles, onde revelou o sentido de voto durante o programa Circulatura do Quadrado, justificando-o com, segundo o Observador, a necessidade para o partido de ter uma pessoa “com experiência” na liderança.