De 7 para 0: a formação do Sporting desapareceu da selecção

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Hugo Delgado / Lusa

Pelo menos no 11 titular. A saída de indiscutíveis, como Rui Patrício e Cristiano Ronaldo, foi o último “sintoma” visível.

Não é propriamente uma doença que tenha chegado a Alcochete. E não é propriamente o foco, após a derrota de Portugal contra Marrocos no Mundial 2022.

Mas a verdade é que, nesse jogo (1-0), a famosa e conceituada formação do Sporting não teve qualquer representante no 11 titular da selecção nacional.

O desaparecimento total já se previa desde o jogo anterior: nos oitavos-de-final com a Suíça, Wiliam Carvalho foi o único jogador formado no Sporting nas escolhas iniciais de Fernando Santos.

Como William foi substituído por Rúben Neves contra Marrocos – e porque os antigos indiscutíveis Rui Patrício e Cristiano Ronaldo também estavam no banco de suplentes – a “escola Sporting” desapareceu da selecção nacional, no seu 11 titular.

No banco, além dos três já referidos, estavam Palhinha, João Mário e Rafael Leão. Só Cristiano e Leão entraram, durante a segunda parte.

Longe vão os tempos do Europeu 2016. Ficou famosa a associação à formação do Sporting, nessa selecção campeã europeia.

E com lógica. Basta lembrar a final, com a França: 7 titulares formados no Sporting. Do meio-campo para a frente, era quase tudo “meninos” do Sporting; só Renato Sanches fugia à regra. E ainda entraram Quaresma e Moutinho.

Ou seja, no último jogo de Portugal no Europeu 2016, jogaram nove futebolistas que cresceram no Sporting – sete deles titulares; no último jogo de Portugal no Mundial 2022, jogaram dois futebolistas que cresceram no Sporting – nenhum titular.

Diversos jogadores deixaram de fazer parte da selecção, entretanto: Cédric, José Fonte, Adrien, Nani, Quaresma e uma ausência só neste torneio – João Moutinho.

Benfica e FC Porto passaram a “mandar” na selecção, no que diz respeito à formação: quatro do Benfica (Rúben Dias, Bernardo Silva, João Félix e Gonçalo Ramos) e três do FC Porto (Diogo Costa, Diogo Dalot e Rúben Neves).

No total, seis jogadores formados do Benfica jogaram contra Marrocos: João Cancelo e Ricardo Horta entraram na segunda parte. E quatro do FC Porto: Vitinha também foi utilizado.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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