Até nos custa escrever. A dada altura recordámos a estratégia do “autocarro” com que a Grécia nos tramou no Euro 2004. Desta feita não foi muito diferente.
Marrocos jogou “na retranca”, marcou num golpe de cabeça numa das únicas descidas perigosas, por Youssef En-Nesyri, tal como Angelos Charisteas na Luz, depois foi aguentar a pressão de Portugal até ao fim.
Acabou por ser fácil, pois os lusos, no desespero, apostaram no “chuveirinho”, algo que os marroquinos foram resolvendo. Foi o fim do sonho de Portugal no Mundial 2022. Marrocos fez história, sendo a única nação africana a chegar a umas meias-finais de um Campeonato do Mundo, despachando a Península Ibérica do Mundial com a mesma receita.
Chocar com um muro até ao fim
O jogo começou de forma pausada, calculista, de estudo mútuo, mas a verdade é que logo aos cinco minutos já João Félix testava os reflexos do guardião Bono, que teve de se aplicar para evitar o 1-0. Portugal mostrou-se paciente, por vezes em demasia, trocando a bola lentamente e permitindo que a pouca pressão marroquina conseguisse, assim, roubar algumas bolas na zona intermediária.
No ataque, e com os magrebinos muito recuados, a turma das “quinas” apostou em passes longos para as costas da defesa ou para o flanco oposto, naturalmente presa fácil para o último reduto contrário, que anulava a profundidade com o seu posicionamento muito próximo do guardião Bono.
João Félix voltou a ameaçar com um remate perigoso aos 31 minutos, mas aos 42 minutos, o golo surgiu… na outra baliza. Yahya Attiat-Allah cruzou da esquerda e En-Nesyri, nas alturas, cabeceou com êxito, num lance em que Diogo Costa sai-se mal da baliza. Portugal respondeu aos soluços e por Bruno Fernandes que, num cruzamento/remate, atirou a bola à barra.
O melhor ao intervalo era, precisamente, o autor do golo, En-Nesyri, com um GoalPoint Rating de 6.6. Além do tento contabilizava três remates e dois duelos aéreos ofensivos, ambos ganhos. O melhor português era Bruno Fernandes 5.6, com uma ocasião flagrante criada e uma bola na barra.
Portugal tentou fazer mais combinações rápidas pelos flancos, em especial pela direita, e lançou João Cancelo para a vaga de Raphaël Guerreiro e Cristiano Ronaldo para a vaga de Rúben Neves, e aos 58 minutos finalmente um belo cruzamento, de Otávio, para cabeceamento muito perigoso de Gonçalo Ramos. E aos 64 foi Bruno Fernandes, em zona frontal à grande área, a atirar rente à barra.
Chegara a altura de dar tudo. Portugal pegou no jogo em definitivo, Marrocos estacionou o “autocarro” e foi ver a turma lusa a tentar de todas as formas chegar ao golo, com remates de longe ou através de cruzamentos e João Félix obrigou Bono a uma defesa enorme aos 83 minutos. Nos descontos foi Cristiano a fazer o mesmo e, no último suspiro – já com Walid Cheddira expulso e Marrocos reduzido a dez -, Pepe falhou por pouco o empate.
Melhor em campo
Nem na hora do adeus Bruno Fernandes abrandou. O médio, claramente o melhor jogador de Portugal neste Mundial 2022, foi o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 7.3. O jogador do United acertou uma vez na barra, fez dois remates, criou uma ocasião flagrante em três passes para finalização, realizou um passe de ruptura, acertou sete longos em dez e somou quatro passes super progressivos. Merecia mais.
Destaques de Marrocos
Youssef En-Nesyri 6.7
O homem que decidiu o jogo. Incrível a impulsão do atacante do Sevilha, que subiu ao “terceiro andar” para cabecear com êxito. Terminou com três remates, um enquadrado, e com dois duelos aéreos ofensivos ganhos em três.
Yassine Bono 6.7
Mais um bom jogo do guardião marroquino, que travou as poucas bolas que Portugal conseguiu enviar em direcção à sua baliza. Bono fez três defesas, duas a remates na sua grande área, e evitou 0,9 golos (defesas- xSaves).
Jawad El-Yamiq 6.5
O central limpou tudo e terminou com o máximo de alívios (dez) e bloqueios de remate (2).
Destaques de Portugal
Otávio 6.7
Ficámos um pouco confusos com a saída de Otávio, que estava a ser um dos melhores da Selecção Nacional. Quando foi substituído liderava em passes para finalização (2), passes progressivos (5), desarmes (4) e faltas sofridas (4), e era dos mais lutadores e esclarecidos.
Cristiano Ronaldo 6.0
O capitão entrou numa altura em que Portugal precisava de poder de fogo na área e a verdade é que Cristiano, muito provavelmente no seu último jogo num Mundial, causou alguma desestabilização na área marroquina, pela sua capacidade no futebol aéreo e de aparecer em espaços vazios. Fez um remate e um passe para finalização. Faltou-se o golo…
Diogo Dalot 5.8
O lateral saiu lesionado já perto do fim. Tentou levar a equipa para a frente pelo seu corredor, fez um passe para finalização, quatro ofensivos valiosos, uma condução super progressiva e realizou um corte decisivo.
Rafael Leão 5.8
A demora pela sua entrada causou alguma estranheza. O atacante do Milan foi para o flanco esquerdo esticar o jogo, e esticou, criando muitos desequilíbrios. Além de uma ocasião flagrante criada, completou três de quatro tentativas de drible.
Rúben Dias 5.6
Esteve no lance do golo de Marrocos, onde não conseguiu fazer oposição a En-Nesyri. Esteve muito bem no passe, com 83 certos em 91, mas a verdade é que foram sobretudo passes curtos e para o lado. Somou 101 acções com bola e quatro acções defensivas.
João Félix 5.5
Não esteve nada mal Félix, apesar de a nota ser tímida, mas a verdade é que acabou afectada pela ocasião flagrante que falhou na primeira parte, numa grande defesa de Bono. João foi o mais rematador da partida, com cinco disparos, dois enquadrados, e acumulou o máximo de acções com bola na área contrária (5).
Bernardo Silva 5.3
Passou ao lado do jogo, sem velocidade de execução e reacção. Somou 83 passes certos em 95, cinco longos em oito, 108 acções com bola e o máximo de recuperações de posse (11), mas não conseguiu nunca desequilibrar.
Rúben Neves 5.3
O homem mais recuado do meio-campo, com tarefas mais defensivas, terminou com… duas acções defensivas e uma recuperação de posse. Isto diz muito.
Resumo
// GoalPoint
Marrocos 1 – Portugal 0; A questão é, quem mostrou mais “garra”, mais “ intensidade”, mais “agressividade” e a enorme vontade de ganhar o jogo? A resposta é simples, foi a seleção de Marrocos. Marrocos mereceu vencer. Como é possível, Portugal a perder o jogo, a estratégia apenas limitou-se a “ controlar a posse de bola”! Será que o treinador e selecionador não sabe “estatísticas de probabilidade”? A bola tem que chegar aos avançados através das laterais com bolas altas ou bolas baixas ao primeiro postes. A bola tem que ser lançada mais vezes para a baliza. Portugal a perder limitou-se a controlar a posse de bola. Uma Vergonha! Faltou níveis de concentração, faltou um futebol verticais.
A seleção de Marrocos mereceu vencer o jogo dos Quartos-Finais do Mundial 2022. A seleção de Marrocos demostrou “ estratégia” e grande agressividade na disputa da bola em todos os momentos do jogo. Não compreendo como é que a seleção portuguesa a perder e o tempo de jogo a esgotar, Portugal não faz um jogo direto e vertical. Há um ditado “ quantas mais vezes o cântaro vai à fonte até que uma vez se irá partir”. Uma equipa a perder tem que ir para cima do adversário e coloca 3 avançados, um em cada poste e outro no miolo para atacar as bolas de pé ou de cabeça.
A seleção portuguesa não teve intensidade e não teve capacidades físicas e mentais para derrotar a seleção de Marrocos. O futebol é um desporto que depende das Capacidades Físicas e Mentais, e desenvolvimento de níveis de concentração e agressividade. A seleção portuguesa mostrou alguns níveis de baixa concentração e faltou “ garra” e “ cabeça fria” com orientação no jogo. Portugal estava exausto e cansado. O Cansaço (físico e mental está relacionado com a baixa Criatividade e a baixa Imaginação e faltou Magia.
O CR7 está a atravessar um período psicológico desgastante e “ castrador” que não o deixa concretizar todo o seu potencial e magia de jogador. Os níveis de concentração de CR7 não estão alinhados com a sua experiência profissional. Eu se fosse o CR7, não tendo a explosão física de outrora, desenvolvia as Capacidades de Remate e de Pontapé de bolas corridas de meia distância. Com o Treino, para além do jogo aéreo de cabeça, o CR7 poderá desenvolver Capacidades de remate de fora da grande área. O CR7 tem um excelente pontapé mas tem que treinar com bolas a correr.. Ninguém na seleção portuguesa tem um remate forte de fora de área.
Resultado justo. De resto, seria estranho se Portugal ganhasse. Não tem equipa para Marrocos, como de resto ficou bem provado.
O país ficou todo parvo na sequência do Portugal 6 Suíça 1 porque não perceberam nada do que se passou nesse jogo nem aquilo que seria jogar contra Marrocos.
Marrocos mereceu porque jogou melhor, com mais garra, entreajuda, maior capacidade de esforço, maior capacidade defensiva e boas transições para o ataque. No segundo tempo Marrocos acusou muito o cansaço e mesmo assim Portugal não conseguiu aproveitar.
A exceção não foi este jogo com Marrocos mas sim o jogo com a Suíça. Marrocos é um justo vencedor. Mais equipa e jogadores com muito mais capacidade física.
Arbitragem vergonhosa quem diz o contrário não viu o jogo seguramente, mas PORTUGAL DEVIA TER FEITO MUITO MAIS ESSA É A GRANDE VERDADE!
O árbitro não tem culpa nenhuma. Marrocos foi muito superior e o resto é conversa de tasca. E tanto assim é que já ganhou à Bélgica, Espanha e agora Portugal. Foi tudo o árbitro?!? Olhe…aprenda a ver futebol…
Desculpe Senhor mas o penalti sobre o Otávio existiu, Hakimi agarrou-o dentro da área, foi claramente grande penalidade, lamento mas está enganado…claro que a seleção foi horrível nisso estamos de acordo!
Deixe-se disso. O primeiro passo para resolver um problema é reconhecer o problema. E o nosso problema é que jogamos pouco e com pouca garra. Não há qualquer penalti no jogo com Marrocos. São pequenos agarrões que ninguém marca em nenhuma parte do mundo.
Portugal não joga nada. Marrocos é muito mais forte enquanto equipa. E é apenas isso que conta.
O inútil Bruno Fernandes o melhor português em campo?!!! Ok, não percebo nada de futebol.
Já tínhamos notado.
Os portugueses têm mais jeito para apanharem vacinas Covid do que para jogarem futebol.
Em vacinas Covid são os campeões do mundo.
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Bruno Fernandes foi o melhor não só neste jogo como, em geral, nesta campanha. Esperava mais de CR7, de Cancelo, de Bernardo Silva. Não foi uma campanha brilhante (qual é a surpresa?), mas também não foi um desastre. Enfim, parece que chega ao fim uma era – resta saber se a do CR7 ou se a do eng. Santos.