A Federação Nacional de Educação (FNE) defende que as provas de aferição e os exames de 9.º ano devem ser cancelados “e que os exames de 11.º e 12.º anos devem ser adiados para setembro”.
Esta segunda-feira, a Federação Nacional de Educação (FNE), liderada por João Dias da Silva, reforçou um pedido feito por confederações de pais e de diretores.
“Entende-se que no presente ano letivo não devem realizar-se nem as provas de aferição, nem os exames de 9.º ano, e que os exames de 11.º e 12.º anos devem ser adiados para setembro, pese embora com consequências para um deslizamento da data de início do próximo ano letivo ou do acesso ao ensino superior”, lê-se no comunicado.
As provas de aferição deveriam realizar-se entre maio e junho, no mesmo mês em que se realizam as provas nacionais do 9.º anos, enquanto que a 1.ª fase dos exames nacionais decorre na segunda quinzena de junho.
Segundo o Observador, em Espanha, as provas previstas para o início de junho foram adiadas e o Reino Unido anunciou o cancelamento dos exames de conclusão do ensino secundário e de acesso ao ensino superior.
O mesmo sindicato defende que o Ministério da Educação “tem a obrigação de disponibilizar as condições e os recursos que permitam o acesso a modalidades alternativas de contacto direto com os alunos”, lembrando que a situação atual nas escolas vem “reforçar as desigualdades entre alunos”.
“Com efeito, o que temos verificado é que há docentes e alunos que ou não tem ao seu dispor equipamentos adequados ao ensino a distância ou não dispõem de acesso à internet, pelo que não podemos ignorar que não tem havido um acesso universal a mecanismos de informação/formação”, remata.