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Florestas vão ter videovigilância

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Nuno André Ferreira / Lusa

Helicóptero Kamov Ka-32A-11BC da frota da Protecção Civil no combate a um incêndio

O Governo prevê instalar, a partir de 2017, sistemas de videovigilância nos espaços florestais para prevenir e detetar incêndios, que serão monitorizados pelos comandos distritais de operações e socorro (CDOS).

O gabinete do secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, avançou à agência Lusa que os sistemas de videovigilância nas florestas vão ser instalados pelas Comunidades Intermunicipais e pela GNR, num investimento com um valor estimado em cerca de sete milhões de euros.

Após a instalação dos sistemas de videovigilância, que o Governo prevê que esteja concluída em 2019, vai ser efetuada uma reestruturação faseada da rede nacional de postos de vigia, tendo em conta as áreas florestais que as câmaras de vídeo permitem observar e monitorizar, a partir dos CDOS.

No entanto, adianta o gabinete de Jorge Gomes, “até à instalação, entrada em funcionamento e teste real dos primeiros sistemas, a rede nacional dos postos de vigia não será alterada”.

Os postos de vigia são da responsabilidade da GNR e durante a fase crítica em incêndios florestais estão a funcionar 236.

O gabinete do secretário de Estado refere também que dez Comunidades Intermunicipais e a área metropolitana de Lisboa já contratualizaram a colocação dos sistemas de videovigilância, assegurando a cobertura de 50 por cento do território nacional.

De acordo com o Governo, Cávado, Douro, Trás-os-Montes, Aveiro, Beira Baixa, Serra da Estrela, Médio Tejo, Leiria, Oeste, Lezíria do Tejo são as dez comunidades intermunicipais que vão instalar as câmaras de vídeo para detetar e prevenir incêndios florestais, com o apoio de cinco milhões de financiamento comunitário.

A Guarda Nacional Republicana, entidade coordenadora das ações de vigilância, deteção e fiscalização no âmbito do sistema nacional de defesa da floresta contra incêndios, vai também promover a instalação de câmara de vídeo nas florestas, adiantou.

A instalação de sistemas de videovigilância para a prevenção de incêndios florestais é um investimento previsto no Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos (POSEUR), no âmbito do Portugal 2020, e é uma das medidas previstas na revisão do Sistema Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios, dedicado à reforma do setor florestal.

O gabinete do secretário de Estado da Administração Interna indica que está também prevista uma clarificação das obrigações de limpeza e gestão de combustível, em torno dos edifícios, e o alargamento das equipas de vigilância móvel.

A criação de equipas de voluntários de apoio à defesa contra incêndios em aglomerados rurais e de um dispositivo de vigilância aérea com meios da Força Aérea, aeroclubes e aeronaves não tripuladas, é outra das medidas previstas na revisão do Sistema Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios.

/Lusa

4 Comments

  1. Lá se foi de vez a privacidade das pessoas. Agora nem os campos estão a salvo. Preferem pôr uma câmara que filma tudo e todos, a colocarem guardas florestais, como antigamente. Uma tristeza de país.

  2. Já andamos há alguns anos a ouvir falar nisto e noutras soluções mas parecem ficar todas na gaveta, quando o país estiver transformado num deserto então talvez apareçam as soluções adequadas mas nessa altura já será demasiado tarde, temos tropas para vigiar o que se anda a passar noutros países que nada temos a ver com eles mas não existem para vigiar o nosso durante os meses quentes preferindo deixá-los a dormir uma boa soneca na caserna.

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