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Fenprof acusa Governo de eleitoralismo com antecipação de colocação de docentes

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A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) acusou o Ministério da Educação de ter mais interesse nas eleições do que nas escolas e nos professores, comentando desta forma a antecipação da divulgação das listas de colocação de docentes.

“Com duas semanas de antecipação relativamente a 2018, o Ministério da Educação divulgou hoje as listas de colocação de docentes (…). Há um ano, estas listas foram divulgadas em 30 de agosto. A esta antecipação não é alheio o facto de o ano letivo abrir em plena campanha eleitoral, o que demonstra que, para o Ministério da Educação/Governo, contam mais as eleições do que o interesse dos professores e das escolas”, refere a Fenprof num comunicado divulgado na sexta-feira à tarde.

Quanto às listas, a Fenprof entende que se confirma que “os quadros das escolas/agrupamentos estão subdimensionados”, tendo capacidade para “integrar um número mais elevado de educadores e professores”.

Esta afirmação é feita com base no argumento de que houve cerca de 13 mil colocações de docentes dos quadros na mesma escola ou agrupamento em que estiveram no ano letivo anterior, a que acrescem as cerca de 2.000 renovações de contrato.

“Tivesse o Governo sinceras preocupações com a estabilidade do corpo docente das escolas/agrupamentos e a maioria destes mais de 15.000 lugares teriam sido preenchidos na sequência de concurso para preenchimento de vagas de quadro de escola/agrupamento”, sustenta a Fenprof.

Para a Federação de Professores, também o facto de apenas terem ficado cerca de 300 docentes em situação de horário-zero “reforça a ideia de subvalorização dos quadros de escola/agrupamento”.

A Fenprof lamenta ainda que a “incerteza em relação ao futuro” continue a afetar “milhares de professores em Portugal”, estimando que cerca de 25 mil docentes candidatos a um contrato tenham ficado de fora.

As listas de colocação foram conhecidas na sexta-feira, cerca de um mês antes do início do ano letivo. Cerca de 24 mil professores ficaram colocados nas escolas públicas portuguesas para o ano letivo 2019/2020, sendo 13 mil deles no mesmo estabelecimento em que estavam no ano anterior.

Segundo o Ministério da Educação, cerca de 300 professores ficaram em “ausência de componente letiva”, ou seja, sem horário atribuído, mas terão prioridade nas “reservas de recrutamento”. O Governo indica que os 300 docentes nesta situação representam “um valor significativamente baixo quando comparado com anos anteriores”.

As listas de colocação publicadas referem-se à colocação de docentes de quadro, bem como à colocação inicial de professores contratados. “Na mobilidade interna foram distribuídos mais de 1.700 horários completos e cerca de 400 horários incompletos. Todos os restantes cerca de 13 mil docentes mantiveram a colocação nas escolas onde estiveram no ano letivo anterior”, refere um comunicado do Ministério da Educação.

// Lusa

6 Comments

  1. Preso por ter cão e preso por não ter. Eleitoralista ou não, a medida é ou não positiva?
    Parece que a FENPROF também não perde uma oportunidade para praticar politiquice.
    Já é tempo de apoiar as boas ações e condenar as más, e não de ter sempre a preocupação em procurar uma forma de sempre fazer querer que nada corre bem. Párem de fazer BIRRA.

  2. Será que todos os sindicalistas passaram a ser estúpidos?Então antecipar as colocações dos professores não é uma aspiração desses profissionais?Como o Nogueira não tem o problema de ter que se deslocar para longe porque não é professor resolveu disparatar.Estar num sindicato dezenas de anos cristaliza o cérebro e a inteligência.Mas o problema dele é não poder berrar daqui a semanas por causa do atraso das colocações.E isso ele não perdoa.Vai trabalhar e cala-te.

  3. O Sr. Nogueira no seu melhor !!!!…………. Listas de colocação a tempo e horas, e não em cima do joelho, facilitam a vida aos docentes que podem na calma preparar-se para o novo Ano lectivo !… mas claro , o menino rabugento nunca está satisfeito. Dêem-lhe um chupa chupa para o calar !… Ou melhor mandem-o trabalhar, seja no que for, farto de boa vida está ele!

  4. Este artista, se não está sempre a “incendiar” tudo, não descansa…
    Podia dizer algo de util/positivo para os professores/educação/país, mas prefere fazer politica reles!…
    Já é mais do que tempo dos professores se livrarem desses palerma.

  5. Pelos comentários percebo que a propaganda do governo, que se encontra em campanha eleitoral está a ser bem sucedida e a conseguir convencer o zé povinho que eles são os melhores e os únicos que podem salvar o país. Já ganharam dezenas de milhares de votos (ou centenas de milhares) com professores, transportadores e afins, até parece combinado.

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