Tiago Henrique Marques / Lusa

Em causa estão suspeitas da prática de crimes de corrupção e tráfico de influências em matérias relacionadas com contratação pública para municípios, explica o Ministério Público em comunicado.
No total foram realizadas 10 buscas numa empresa privada, numa empresa pública de gestão de águas e em diversas autarquias e habitações nas zonas de Penafiel e Guimarães.
Um dos suspeitos é Nuno Araújo, o antigo chefe de gabinete do atual ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, quando este exercia funções de Secretário de Estado dos assuntos Parlamentares, escreve o Correio da Manhã.
Segundo um comunicado do DCIAP as “diligências, a cargo da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da Polícia Judiciária, decorrem, designadamente, na sede de uma sociedade comercial, em Departamentos de Contratação Pública de diversos Municípios, numa empresa pública de gestão de águas e em habitações nas zonas de Penafiel e Guimarães”.
O comunicado indica ainda que neste “inquérito investigam-se factos relacionados com a celebração, por ajuste direto, de aquisição de serviços entre uma sociedade comercial e os referidos municípios e a empresa pública”.
É ainda sublinhado que “à data, a sociedade adjudicatária seria gerida e controlada de facto pelo sócio-gerente anterior, o qual exercia então funções de chefe de gabinete ministerial. O mesmo usaria a sua influência decorrente do cargo para conseguir a celebração por ajuste direto, tirando benefícios monetários através de outra sociedade comercial, que igualmente controlava”.
O Diário de Notícias avança que as autarquias envolvidas são as de Coimbra, Valongo, Vila Real de Santo António e Gondomar.
Não se metam a investigar autarquias e concursos públicos. Nem se lembrem de iniciar uma investigação aos programas operacionais do Portugal 2020 e à forma como os projetos são aprovados, a quem e a troco de quê. No dia em que fizerem isso, os estabelecimentos prisionais não darão para todos.