EUA acusam Rússia de comprar armas pesadas à Coreia do Norte. Sem avanços no terreno, Moscovo larga bomba energética

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(h) Russian Defence Ministry / EPA

Lançador de mísseis Tornado-G do Exército da Rússia em ação na Ucrânia

Os serviços secretos norte-americanos concluíram que Moscovo está a comprar milhões de rockets e munições à Coreia do Norte, avançou o New York Times.

As autoridades norte-americanas já confirmaram a exatidão dos relatórios do New York Times e acrescentaram que esperam que Moscovo compre mais equipamento militar norte-coreano.

“O Ministério da Defesa russo está em vias de adquirir milhões de rockets e artilharia à Coreia do Norte para utilizar no campo de batalha na Ucrânia”, disse um funcionário por email, quando questionado sobre o relatório do jornal.

De acordo com o funcionário, as compras indicam que os militares russos “continuam a sofrer de grave escassez de oferta de armamento na Ucrânia, devido, em parte, a controlos de exportação e sanções”. “Prevemos que a Rússia vá continuar a comprar equipamento militar norte-coreano daqui para a frente”, acrescentou.

A reportagem do jornal norte-americano refere que a informação dos serviços secretos não dava qualquer detalhe sobre o que foi comprado, mas apenas que entre os artigos se incluíam rockets e artilharia pesada.

O diário cita ainda funcionários do governo, que dizem que as compras feitas por Moscovo mostraram que as sanções dos Estados Unidos (EUA) estão a começar a afetar o país invasor, reduzindo a sua capacidade de ataque e defesa neste conflito.

Sem avanços, Moscovo larga bomba energética

Sem avanços no terreno ucraniano, a Rússia aposta na arma da energia para pressionar os países da União Europeia (UE). Como apontou o Diário de Notícias, horas após dar sinais de que pretende voltar às negociações, Moscovo manteve a torneira do gás fechada, o que levou a que o preço disparasse cerca de 20%.

Menos de um mês depois de ter afirmado que não havia base para uma negociação, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, voltou a sinalizar o interesse de Moscovo em voltar à mesa. A um programa de TV russo apontou a indisponibilidade do líder ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, em negociar com o homólogo russo, Vladimir Putin.

“Claro, sobre como as nossas condições serão cumpridas” para se alcançar a paz, embora tenha reafirmado que “a operação está a desenrolar-se como planeado”.

Em entrevista à ABC, Zelenskyy reiterou não haver condições para conversações. “É uma questão de dialogar com os terroristas. Não podemos, não se pode discutir nada com terroristas. A maioria dos países compreende que estamos a lidar com um Estado terrorista depois do que fizeram ao nosso povo, aos civis”, afirmou.

“O Kremlin insinua sobre negociações: significa que a pólvora se esgotou e que querem bloquear os territórios ocupados. De modo algum devem ser autorizados a respirar”, escreveu no Twitter o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros da Lituânia, Linas Linkevicius.

Um dia depois de falar em conversações de paz com a Ucrânia, Dmitri Peskov disse que as sanções impedem a manutenção correta do gasoduto Nord Stream, pelo que o fluxo de gás só será retomado com o levantamento das mesmas.

“Se os europeus tomam esta decisão totalmente absurda e se recusam a manter os seus sistemas, ou melhor, os sistemas que pertencem à Gazprom, não é culpa da Gazprom, mas sim dos políticos que decidem as sanções”, referiu.

Segundo o ministro da Energia russo, Nikolai Shulginov, o país responderá à imposição de limites sobre o preço do seu petróleo por parte dos ocidentais exportando mais para a Ásia. “Quaisquer ações para impor um limite de preços conduzirá a um défice nos próprios mercados e aumentará a volatilidade dos preços”.

Os ministros das Finanças dos EUA, Alemanha, Itália, Japão, Grã-Bretanha, França e Canadá deram luz verde na semana passada à ideia de limitar o preço do petróleo russo para reduzir as receitas de Moscovo.

Antes de invadir a Ucrânia, cerca de metade das exportações russas de petróleo e produtos petrolíferos eram em direção à Europa, de acordo com a Agência Internacional de Energia.

AIEA divulga relatório sobre Zaporíjia esta terça-feira

A equipa de peritos da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), que visitou a central nuclear de Zaporíjia, vai divulgar as suas conclusões num relatório pormenorizado esta terça-feira.

“O diretor-geral [Rafael] ​Grossi publicará na terça-feira um relatório sobre a situação de segurança e proteção nuclear na Ucrânia – incluindo as conclusões da missão à central nuclear de Zaporíjia – e mais tarde, no mesmo dia, informará o Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a missão à central”, disse a AIEA.

Zelenskyy sublinhou que as conclusões da missão devem mesmo ser apresentadas esta terça-feira e acrescentou: “Espero que sejam objetivas”.

ZAP //

2 Comments

  1. J. Galvao, entao o Fofinho Americano nao gostou da compra, se calhar pretendia ser ele a vender como alias fez em muitas outras guerras que provocou, ajudou e alimentou, nomeadamente nas nossas colónias, vendendo aos Portugueses e aos terroristas, e tanto andaram que conseguiram a nossa saída daqueles Países, que nada melhoraram, pelo contrário ainda andamos a subsidiar atos e obras tal como a semana passada foi o nosso fofinho 1º ministro reforçar a ajuda a Moçambique, e no nosso Pais a ser retirado parte do aumento previsto na Lei aos reformados, e armasse em Fofinho a dar milhoes do nosso dinheiro. a quem lhe apetece, tal como o Fofinho Americano nunca falam em trabalho será que são alérgicos.

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