Blinken acusa China de querer “apagar as memórias” da repressão de Tiananmen, em 1989, ao impedir hoje uma vigília em Hong Kong, no 33.º aniversário dos acontecimentos.
Na homenagem aos “corajosos manifestantes“, Antony Blinken deixou claro que os protestos “não seriam esquecidos”.
A polícia de Hong Kong fechou parcialmente o parque Vitória esta sexta-feira, onde, até 2019, decorria uma vigília à luz de velas para assinalar a data.
As autoridades da região semiautónoma chinesa já tinham alertado que a maioria dos espaços, onde habitualmente decorrem estes eventos, estariam encerrados entre a noite de sexta-feira e as primeiras horas de domingo.
Macau e Hong Kong eram os únicos territórios chineses onde as homenagens às vítimas de 4 de Junho de 1989 eram toleradas.
Em 2020, as autoridades proibiram — pela primeira vez em 30 anos — a realização da vigília em espaço público em Macau e Hong Kong.
A decisão foi justificada com os trabalhos de prevenção da pandemia de covid-19, sendo que a proibição se manteve no ano passado.
“Continuaremos a expor as atrocidades e violações dos direitos humanos cometidas pela República Popular da China, incluindo em Hong Kong, Xinjiang e Tibete, e a exigir responsabilidade”, prometeu Blinken.
Massacre de Tiananmen
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