/

Estudo prevê 20 mil casos diários em dezembro em Portugal

21

Giuseppe Lami / EPA

Um estudo da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, analisa três cenários para a pandemia em Portugal.

Segundo um estudo do Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, Portugal poderá ter quase 20 mil novos casos diários de covid-19 em dezembro. A projeção, avançada pelo Observador, aponta também para um número acumulado de óbitos entre os 4 mil e os 11 mil em janeiro.

A universidade norte-americana traçou três cenários, sendo que o primeiro, o da “projeção atual”, prevê que tudo continua na mesma, mas com um confinamento de seis semanas em dezembro, altura em que os novos casos diários serão de quase 20 mil. Nessa altura, o número de mortes expectável é de 8.113, contra os 1.840 atuais.

Um outro cenário, desta vez mais otimista, pressupõe que 95% da população passe a usar máscara já nos próximos dias e que, depois de um alívio das restrições, seja decretado um novo confinamento de seis semanas quando (ou se) o número de mortes diárias atingir o rácio de 8 por cada milhão de habitantes.

O diário destaca que, neste cenário, Portugal pode chegar aos 80 mil casos de covid-19 em janeiro do próximo ano. Os investigadores prevêem ainda um total de 4.016 mortes por covid-19 até 1 de janeiro.

Na última projeção, a mais pessimista e onde as restrições são aliviadas, o número de óbitos estimado sobe para 11.253 e os casos para 80 mil em janeiro.

As projeções foram calculadas através de um modelo híbrido, que assenta em dados recolhidos em tempo real, cruzados com elementos estatísticos e modelos de transmissão de doenças.

Ricardo Baptista Leite, médico, deputado social-democrata e porta-voz do partido para as questões relacionadas com a área da Saúde, partilhou estes cenários no Twitter e mostrou-se expectante relativamente às “recomendações dos especialistas” para o inverno que se aproxima. Recorde-se que, esta segunda-feira, se realiza no Porto mais uma reunião que volta a juntar Governo, especialistas e políticos.

O deputado social-democrata partilhou as previsões, considerando-as “muito preocupantes”.

3 de dezembro, o pico

É verdade que estes três cenários não passam de projeções, mas têm como objetivo mostrar aos decisores políticos o quão díspares podem ser os resultados obtidos neste contexto de doença associada à covid-19, dependendo das medidas de restrição implementadas.

A partir do modelo, o IHME prevê que o número de infetados em Portugal (com e sem teste feito) atinja o pico na quinta-feira, 3 de dezembro de 2020, com 19.980 casos  previstos para esse dia, tanto no cenário da “projeção atual” como no que não admite a hipótese de novo confinamento.

Já no modelo que trabalha a possibilidade do uso universal de máscara, o número de casos baixa para os 3.873.

A partir do dia seguinte, 4 de dezembro, tudo poderá mudar. Assim, se os ajuntamentos de pessoas forem proibidos; as escolas, universidades e estabelecimentos não essenciais encerrados; e se a população for intimada a ficar em casa, a 1 de janeiro haverá 5.366 casos de infeção por dia, segundo a projeção.

Se não houver novo confinamento, serão mais de 85 mil casos diários.

ZAP //

21 Comments

  1. Um bom artigo para promover a pandemia do medo.
    Esta gente é tão sábia, ou adivinha, que já sabe o dia exacto em que haverá o pico de infecções a 3 meses de distância…
    E se parassem com estes ataques terroristas, amedrontado já o povo está, não precisa destes incentivos.
    Tenho uma solução, equipar cada português com um fato espacial permanente, os que sobrevivessem, ao fim de 2 anos sem contacto com o mundo exterior ao seu fato, estariam livres da pandemia.

  2. Não entendo….
    Onde está o famoso milagre português que nos venderam ?
    Não estava tudo sob controle Sr.Costa ?
    Até autorizaram a festa do Avante
    Eu disse e repito, as contas fazem é.no final, o Governo deverá assumir as suas responsabilidades pelas decisões tomadas desde que termine a propaganda e os portugueses possam comparar com os resultados dos outros países.

  3. São 20000 casos por dia ou perto de 20000 acumulados a 3 de Dezembro como diz no artigo?
    Fico com a sensação que há uma confusão entre casos acumulados e diários.alguém mais ficou com essa ideia???

  4. Então os USA deverão ter uns 20 milhões diários! Que a situação irá estar catastrófica não duvido, basta olhar para os anos anteriores e verificar o pandemónio que vai de doentes engripados acumulados nos corredores dos hospitais, imagine-se agora tudo isto misturado e os serviços hospitalares sem capacidade de resposta.

  5. Questões de alguém que não percebe nada do assunto:
    1 – “Se não houver novo confinamento, serão mais de 85 mil casos diários” – Portanto, em 100 dias atinge-se a imunidade de grupo. Porreiro, pá;
    2 – “o IHME prevê que o número de infetados em Portugal (com e sem teste feito) atinja o pico na quinta-feira, 3 de dezembro de 2020, com 19.980 casos acumulados previstos para esse dia”. Em que ficamos? Casos acumulados, ou previstos para esse dia?
    3 – Segundo o sítio worldmeters.com (actualizado mais rapidamente que o sítio da JHU), os EUA têm actualmente cerca de 20 mil casos por milhão de população e Portugal, cerca de 6 mil casos por milhão de população, i.e., +/- 3,33 mais vezes que em Portugal (para um número de testes por milhão de habitantes próximo. Sendo os EUA 33 vezes mais populoso que Portugal (330 milhões contra 10 milhões) e havendo então o tal triplo de infecção, seria legítimo supor que, num tal modelo e com as mesmas condições (contas de merceeiro) para o tal número de 85 mil casos diários em Portugal isso corresponderia a, num único dia, 8,5 milhões de casos nos EUA (33*3,33*85000)? Ou seja, num único dia tantos casos num país, como 30% do total acumulado até agora, EM TODO O MUNDO?
    4 – Ainda por essa ordem de ideias, o país (Qatar) que registou no mundo maior número de casos por milhão de habitantes (novamente contas de merceeiro – contabiliza 43 mil por milhão para um total de quase 3 milhões) teria, num único dia 178500 (sensivelmente 7 vezes mais casos por milhão de habitantes que em Portugal e para uma população que é cerca de 30% da de Portugal). Em apenas um dia, no Qatar, 6% da população seria infectada e, por conseguinte, bastariam 16,5 dias para que toda a população o fosse… Tenham dó! Devem andar a ver demasiado o The walking Dead ou a saga do Resident Evil…
    5 – Com o devido respeito: é perigoso? Admito que sim! É preciso cuidado? Decididamente! Mas por favor… Tenham dó e noção da proporção das coisas e das enormidades que proclamam. Não sou apreciador do Dr. Costa, nem do seu governo, nem do partido político que representa e, muito menos dos seus parceiros de governo. Mas, apesar de tudo, as coisas não estão tão mal, considerando, claro, também o perfil demográfico português e o facto de não sermos (ao contrário do que muitos pensam) um país rico como as querem pintar…
    6 – A menos que, claro, os excertos que indiquei acima e que constam da notícia do ZAP, estejam errados e, nesse caso, retiro o que escrevi.

  6. Por que razão estarão eles preocupados com Portugal para estudarem a sua situação com tal pormenor? Só faltou descer aos minutos e segundos. Será que fizeram tão pormenorizado estudo com mais países? Quem lhes encomendou o sermão? Terá sido para comprarmos vacinas até abarrotarmos os armazéns do Infarmed para depois não servirem para nada, como aconteceu com as da gripe A, que custaram uma pipa de massa ao estado? Estudem bem a situação deles porque de lá é que vem o perigo e deixem-se de inventar papões para assustarem quem até soube lidar com o problema.

  7. Ah, ah, ah: Onde é que eles foram buscar estes números? Se assim fosse, numa semana contaminavam-se todos os Portugueses! Soube de um estudo, duma qualquer universidade Chinesa que afirma que trabalhar, faz doer as costas.

  8. Estas notícias estudos parecem ser de uma ligeireza enorme. Ao longo deste tempo de pandemia, foram feitas projeções para Portugal (e alguns países, como a Inglaterra, até tomaram medidas no âmbito do Turismo) que se mostraram estar obviamente erradas. A explicação pode ser a confusão/mistura que no estrangeiro se faz entre Portugal e Espanha. O que passa em Espanha, pensam eles, deve cerrtamente ser igual ao que se passa em Portugal… Isto é muito mais frequente do que imaginamos, mesmo em setores supostamente esclarecidos como universidades, políticos e jornais. Felizmente em Portugal os nossos meios de comunicação social não misturaram notícias da países vizinhos como a Itália e a Austria, ou a Itália e a Eslovénia.

  9. Mais uma previsão ridícula dos USA. Honestamente, entre estudos totalmente desnecessários ou mesmo “parvos”, vem esta magnífica previsão baseada num algoritmo métrico que apenas se aplica aos outros, visto os americanos não saberem a quantas andam desde a administração Clinton e companhia.
    Adorei a conclusão brilhante e relevante digna de uma faculdade de renome (estar vivo é o oposto de estar morto).
    Logo se 95% da população usar máscara a previsão poderá ser outra bastante mais otimista (verdadeiros génios lol)

    Digo hoje e agora sem algoritmo métrico

    11 milhões está para 20.000 contaminados diários

    328 milhões está para Y

    Assustador certo?!
    Agora questiono:
    Os nossos hipotéticos “20.000 mortos” estão associados a que percentagem de uso de máscaras?!
    Vergonhoso certo?!

    E digo hoje e agora uma previsão para os EUA sem médias modas medianas, se o uso de máscaras for generalizado para metade da população então o número de contaminados cai para metade.

  10. Exmos Srs do ZAP – Porque motivo foi apagada a minha opiniao, depois de publicada? Moderacao nao pode encobrir censura – a censura e’ um crime contra a constituicao da republica.

    • Caro leitor,
      Há dois tipos de censura, uma das quais escondida na defesa da outra: a que tenta impedir quem escreve de ser lido, e a que tenta impedir quem escreve de escrever.

      • Caro Zap,
        Entao voces estao a exercer as duas formas de censura, o que e’ lamentavel e deviam ter vergonha. Eu nunca impedi ninguem de escrever, nem teria poder para tal mesmo que quisesse; mas voces impedem-me de ser lido, o que significa objectivamente tentar levar-me a nao escrever – pois e’ perda de tempo faze-lo se vou ser censurado.

        Mas agora percebo – o meu comentario incluia uma critica ao sensacionalismo infelizmente predominante no jornalismo, e isso conduz ao vosso jornalismo apagar-me. O que quer dizer que o que voces nao aceitam e’ critica ao vosso trabalho – mas o vosso acto de censurar apenas prova que a critica atinge o alvo. Voces pensam que estao acima da critica, mas isso define-vos. Tenham a coragem de repor o que escrevi, e se discordam, argumentem. A força da razao, e nao a razao da força.
        Eu posso provar a minha critica com muitos exemplos de titulos enganadores e artigos que sao opniao mais do que noticia. Voces e’ que teem o poder de usar a força para apagar argumentos, deviam ter vergonha de usar esse poder para apagar quem vos critica.

        E se apagarem esta resposta, e nao reporem o meu comentario, os leitores ficam so’ com a vossa ultima palavra; mas eu e voces proprios saberemos a verdade: estao a abusar do vosso poder.

      • Caro leitor,
        As páginas do ZAP estão cheias de comentários do ZAP com críticas dos nossos leitores. Aceitamos as críticas. Agradecemos as críticas. Precisamos das críticas, com as quais nos enriquecemos e melhor prestamos o nosso serviço.
        O que não aceitamos é que nos seja ditada a orientação editorial. Não aceitamos que nos digam as notícias que devemos dar. E, muito menos, as que não devemos.

  11. Ora quem mais, tinha de aparecer uma Universidade qualquer, com um qualquer estudo, a fazer previsões catastróficas com base em modelos delineados para disseminar o medo e o caos!
    O que vejo, é a comunicação social a comer tudo o que os supostos especialistas cozinham, vejo-os comprometidos, não vejo uma opinião crítica sobre o assunto. Sabemos que temos manifestações, anti-vacinas, anti-máscaras, anti-filantropos, milhares de médicos, cientistas, investigadores, todos com uma opinião muito própria e real, com bases sólidas, que contrariam este poder! Mas estes continuam com a sua agenda sem olhar para a condição humana, desde que concretizem os seus objectivos principais (controle da população, redução da população, enjaular os restantes e adoecê-los, retirar os nossos direitos e liberdades).

    • Por muito barulho que algumas centenas ou milhares de anti-whatevers façam, a achar que estão a pensar pela sua cabeça, há milhões ou milhares de milhões que pensam de forma diferente. E serem milhares de milhões a pensar de uma forma não encarta os iluminados dos milhares de anti-cenas como donos da verdade. E fazerem muito barulho a repetir à exaustão os mesmos pseudo-factos e pseudo-verdades alternativas não faz delas verdades. Sorry!
      Nós, os milhares de milhões, pensamos pela nossa cabeça. E NÂO TEMOS QUE COMER o que os iluminados dos anti-tretas cozinham. É nosso direito, nossa liberdade.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.