“Da forma como estamos a trabalhar nos portos, corremos o risco de todo o contingente ficar parado, porque não há nenhum cuidado em termos de criar equipas rotativas”, garantiu o líder sindical.
O presidente do Sindicato dos Estivadores e da Atividade Logística (SEAL), António Mariano, disse que, nas condições em que estão a trabalhar, sem equipas rotativas, corre-se o risco dos portos pararem, devido a contágio de trabalhadores por covid-19.
“Da forma como estamos a trabalhar nos portos, corremos o risco de todo o contingente ficar parado, porque não há nenhum cuidado em termos de criar equipas rotativas, com equipas de reserva em quarentena. Nada disso está a ser feito”, garantiu o líder sindical.
António Mariano falava numa audição conjunta da Comissão de Trabalho e Segurança Social e da Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, na Assembleia da República, em Lisboa, sobre “a ameaça de insolvência” da A-ETPL”, onde foram também ouvidos o membro do Conselho de Administração da Yilport Holding (operadora de terminais portuários), Diogo Marecos, e a presidente do Conselho de Administração do Porto de Lisboa, Lídia Sequeira.
“Em Lisboa já estamos limitados ao mínimo. Leixões está a funcionar sem nenhum tipo de cautela, digamos assim. Eu temo que daqui a pouco tempo algum problema de maior aconteça e que impossibilite os portos de fazerem o seu serviço normal”, advertiu o presidente do SEAL.
Segundo António Mariano, os estivadores estão a trabalhar “todos com todos” e já há casos de contaminação entre estes profissionais.
Se a doença se propagar entre os estivadores, como não há equipas de reserva em casa, a operação nos portos para, avisou.
“Os navios estão a ser desviados para alguns portos que, nalguns casos estão quase em rutura. Não há equipas de reserva. Quando houver alguém contaminado, vai parar um porto. Isto é criminoso“, considerou.
// Lusa