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Estados Unidos entregam a França um Picasso roubado há 14 anos

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U.S Department of Justice

"La Coiffeuse" / A Cabeleireira, Pablo Picasso, 1911

“La Coiffeuse” / A Cabeleireira, Pablo Picasso, 1911

As autoridades norte-americanas entregaram hoje a França a pintura “La Coiffeuse”, de Pablo Picasso, roubada há catorze anos do Centro George Pompidou, um dos museus de arte moderna e contemporânea mais visitados do mundo.

A embaixada francesa em Washington foi o local escolhido para a formalização da entrega da obra de arte e para mostrar a peça aos meios de comunicação social, que tinha sido contemplada pela última vez em 1998, em Munique, na Alemanha.

De acordo com o embaixador francês nos Estados Unidos, Frédéric Doré, a obra de Pablo Picasso, datada do início do século XX, mais precisamente do ano 1911, e avaliada em 15 milhões de dólares (cerca de 13 milhões de euros), é uma “peça única”, sendo o seu destino o museu Centro Pompidou, em Paris, de onde desapareceu em 2001.

O quadro foi encontrado em dezembro passado em Newark, cidade do Estado de Nova Jersey, num barco que vinha da Bélgica.

A embalagem tinha uma etiqueta onde se podia ler “Feliz Natal” e onde dizia tratar-se de uma peça de artesanato de 37 dólares.

Os agentes aduaneiros examinaram o barco e descobriram a obra de arte, entregando-a posteriormente ao Departamento de Segurança Nacional (DHS).

Na cerimónia de entrega do quadro, a diretora do Serviço de Imigração e Controlo Aduaneiro (ICE) dos EUA, Sarah Saldaña, afirmou ser “uma honra poder devolver uma obra tão importante”, continuando o seu discurso dizendo que “é uma prioridade significativa” recuperar e devolver peças de arte roubadas.

“Num mundo que se torna cada vez mais pequeno, a proteção dos tesouros culturais têm uma importância cada vez maior”, prosseguiu, afirmando que a sua equipa está “comprometida a fazer todos os possíveis para devolver obras de arte aos seus proprietários legítimos”.

/Lusa

4 Comments

      • Não estou a brincar. O quadro está mesmo de pernas para o ar. Aliás têm outro artigo sobre Picasso em que lhe chamam “pintor surrealista catalão”, mas Picasso não é um pintor surrealista. Modernista, ou cubista pode ser, mas não surrealista. Por sinal também não é catalão. Catalão e surrealista era o Dali.
        Esses erros devem ser evitados apesar de não vir mal ao mundo por isto.

      • Caro Rui Ramos,
        Obrigado pelo seu reparo. Picasso era de facto cubista, não surrealista. Está corrigido.
        Quanto à posição do quadro, após a sua observação inicial fizemos uma pesquisa de imagens da obra disponíveis online, e encontrámo-lo nas duas posições, com predominância para a posição em que o temos.
        Procurámos perceber qual será de facto a posição correcta (se existe) do quadro, e optámos por manter a nossa imagem como a temos após ter encontrado fotos de personalidades ligadas ao meio cultural francês ao seu lado, na posição em que se encontra.
        ex:
        O presidente do Centre Pompidou, Serge Lasvignes
        A ministra da Cultura da França
        Assim, sem prejuízo de que o Rui possa ter razão (acreditamos que por vezes, é mesmo o resto do mundo que está louco), com os dados de que dispomos, vamos presumir que ou o quadro pode ser exibido em qualquer das posições, ou que a posição correcta é aquela em que a temos, e manter a imagem como está.
        Entretanto, por inércia e falta de convicção, decidimos que vamos também manter a imagem como está no outro artigo em que a referimos aqui mesmo no ZAP, na qual curiosamente está ao contrário – ou correctamente, na sua opinião. 🙂
        Obrigado uma vez mais.

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