A agência que regula o mercado do medicamento e dos alimentos nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA), autorizou o uso da vacina contra a covid-19 da empresa de biotecnologia norte-americana Moderna.
A autorização dada à vacina da Moderna surge uma semana depois de a FDA ter decidido autorizar o uso da vacina da farmacêutica Pfizer, cujas primeiras doses já estão a ser administradas nos Estados Unidos.
“Com duas vacinas disponíveis para a prevenção da covid-19, a FDA deu outro passo crucial na luta contra esta pandemia que está a causar um elevado número diário de hospitalizações e mortes nos Estados Unidos”, disse, em comunicado, o diretor da agência, Stephen Hahn.
O responsável garantiu que as duas vacinas, apesar da “acelerada autorização”, “cumprem os rigorosos padrões de segurança, eficácia e qualidade de fabrico necessários para garantir a autorização de uso de emergência que o povo norte-americano espera da FDA”.
Em quinta-feira, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a aprovação e a distribuição imediata da vacina contra a covid-19 da Moderna, numa mensagem difundida na rede social Twitter, sem que a FDA tivesse ainda confirmado a decisão.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (310.325) e também com mais casos de infeção confirmados (mais de 17,1 milhões) em todo o mundo.
A administração norte-americana garantiu já que na próxima semana vão ser distribuídas 5,9 milhões de doses da vacina da Moderna e dois milhões de doses da vacina da Pfizer por todo o país. Estes 7,9 milhões de doses vão somar-se aos 2,9 milhões de doses da vacina Pfizer distribuídos esta semana, que já começaram a ser administrados.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.662.792 mortos resultantes de mais de 74,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A Agência Europeia do Medicamento, EMA, anunciou esta sexta-feira uma reunião extraordinária a 6 de janeiro para concluir a avaliação da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Moderna. A reunião de avaliação da EMA estava anteriormente prevista para 12 de janeiro.
A EMA recebeu “antes do previsto” o último pacote pendente de dados clínicos necessário para os seus especialistas avaliarem o pedido da Moderna de licença condicional de comercialização do seu fármaco na União Europeia, o que pode permitir a essa agência antecipar o anúncio de suas conclusões sobre a segurança e eficácia da vacina.
Segundo a diretora executiva da EMA, Emer Cooke, a agência europeia tem mostrado que soube reagir à situação de urgência provocada pela pandemia da covid-19 na Europa.
“Graças ao incrível esforço de todos os envolvidos neste processo, pudemos rever os nossos calendários de avaliação das vacinas contra o Covid-19”, salientou Emer Cooke.
De acordo com os investigadores da farmacêutica, os ensaios clínicos realizados em 30.400 participantes mostraram uma eficácia média de 94,1% da vacina da Moderna.
ZAP // Lusa
Coronavírus / Covid-19
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