O processo autárquico no Porto foi atribulado, mas o pós-eleições não tem sido mais sereno. António Costa e Manuel Pizarro foram duramente criticados, enquanto Tiago Barbosa Ribeiro recebeu vários elogios.
Na primeira reunião da concelhia do PS-Porto pós-autárquicas, António Costa foi duramente criticado pela forma como geriu o processo no norte. Em contraste, o candidato Tiago Barbosa Ribeiro foi bastante elogiado.
“Tiago Barbosa Ribeiro saiu em ombros e até os críticos o aplaudiram”, revelou fonte socialista ao jornal Público, acrescentando que o encontro ficou marcado por um “espírito anti-Costa”, “um espírito anti-Pizarro” e “anti-Eduardo Vítor Rodrigues”.
Relatos feitos ao diário revelaram que a concelhia se solidarizou com Tiago Barbosa Ribeiro pela forma como lidou com o processo autárquico no Porto. O candidato foi elogiado pela forma como respondeu às investidas do movimento de Rui Moreira, que acabou por vencer as eleições.
Sem maioria absoluta, o presidente da Câmara Municipal da Invicta teve de procurar um parceiro formal ou informal para governar. Os sociais-democratas acabaram por alinhar, num acordo fechado esta quarta-feira.
Antes, porém, Barbosa Ribeiro já se tinha posto de fora por entender que o PS não deve fazer nenhum acordo com o autarca.
De acordo com o Público, Manuel Pizarro e Rui Moreira já tinham abordado a possibilidade de se fazer um acordo entre o PS e o movimento independente em conversas não oficiais, mas a única forma de o acordo se concretizar era Tiago Barbosa Ribeiro abandonar a Câmara e as duas vereadoras que se seguem na lista – Maria Rosário Gamboa e Catarina Santos Cunha – assumirem pelouros.
No entanto, as duas eleitas disseram que não estão disponíveis para assumir funções executivas no novo mandato.
Segundo o que transmitiu na reunião da concelhia, Barbosa Ribeiro vai ocupar o seu lugar no executivo como vereador e fará uma oposição construtiva.Em situações como o orçamento da Câmara, por exemplo, o sentido de voto será previamente analisado na comissão política, uma forma de envolver o partido na decisão e de o corresponsabilizar.
Recorde-se que António Costa queria que o candidato ao Porto fosse José Luís Carneiro, secretário-geral adjunto do PS, mas o presidente da distrital, Manuel Pizarro, e Eduardo Vítor Rodrigues, que integra o secretariado da distrital, fizeram tudo para impedir que tal se concretizasse.
Costa acabou por anunciar que Eduardo Pinheiro, secretário de Estado da Mobilidade, seria o candidato à Invicta, mas não durou muito: bastaram 24 horas para que desistisse da candidatura.
Depois da tensão interna, Barbosa Ribeiro aceitou ir a votos. O secretário-geral do PS escolheu Vila do Conde para a apresentação dos candidatos do distrito, numa prova de que a polémica que envolveu a escolha do candidato à Câmara do Porto terá deixado marcas.
Do Porto, com amor.
Tiago Barbosa recebe elogios???? De quem?
Isto é o perigo da “esquerdização” radical que se está a verificar no PS.
Começa a notar-se alguma turbulência nas hostes do PS! A nível de governo a situação não vai nada famosa também!