Especialistas acreditam que isolamento de infetados termina em março

Depois de o Governo britânico ter aplicado o fim do isolamento obrigatório para infetados com covid-19, Portugal poderá avançar com a mesma medida em março.

Especialistas ouvidos pela CNN Portugal acreditam que, em março, as pessoas infetadas com o SARS-CoV-2 já não terão de ficar os sete dias em casa.

O início da primavera será o timing certo para acabarmos com o isolamento de quem teste positivo à covid-19″, admite o médico internista Gustavo Carona.

O pneumologista Filipe Froes concorda e acredita que o fim do isolamento obrigatório para assintomáticos, que estará para breve, será estendido a todos os outros com a descida do número de casos diários, da ocupação de camas de Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) e de mortes.

“O que faz sentido é que os doentes comecem a ser avaliados com critérios clínicos, como as outras situações”, explicou. “Se alguém tem febre por estar com gripe ou outra coisa é comum ficar em casa”, justificou ainda, lembrando que há problemas de saúde que obrigam a ter baixa médica e outros vigilância.

Também Gustavo Tato Borges, presidente da Associação de Médicos de Saúde Pública, aponta para o período entre o final de fevereiro e meio de março como altura para colocar em prática esta mudança.

A Direção-Geral da Saúde está, neste momento, a avaliar novas medidas e a estudar o alivio de restrições, dado que o pico já terá passado.

O gabinete de crise para a covid-19 da Ordem dos Médicos (OM), também tem analisado o assunto e acredita que na primavera o país poderá por fim a todas as limitações.

Na primavera, também deverá acabar o boletim diário de avaliação epidemiológica, com o impacto da covid-19 a passar a ser avaliado através de uma vigilância por amostragem e por dados estatísticos.

Segundo o presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública, a DGS e o Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge já estão a preparar a inclusão da covid-19 na Rede Médicos Sentinela, um sistema de observação que estima as taxas de incidência de algumas doenças como a gripe e identifica surtos.

ZAP //

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