Na habitual conferência de imprensa da evolução da situação epidemiológica em Portugal, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, disse que um eventual fecho das escolas será cirúrgico.
“A intenção é que encerrar na totalidade uma escola seja uma exceção”, disse.
Assim sendo, o eventual fecho de uma escola depende unicamente da avaliação das autoridades relativa àquela instituição de ensino, tendo em atenção os contactos dos infetados e o comportamento do vírus naquela comunidade.
“Temos que restringir a nossa socialização mesmo, temos que esforçar-nos para não termos contactos com outras pessoas, porque quantos menos contactos, menos contágio”, explicou Graça Freitas.
A diretora-geral da Saúde falou também sobre a possibilidade de vir a ser obrigatório usar máscara na rua. Esta sexta-feira, Guimarães, o concelho no Norte com mais casos na primeira semana de setembro, está a recomendar aos seus munícipes que usem sempre máscara, mesmo na rua. Além disso, o município vai mais longe, pedindo ao Governo que torne a medida obrigatória.
“Aconselhamos e recomendamos que se use máscara no espaço público e pedimos até às autoridades do Governo que transformem esta recomendação, que é pedagógica, em obrigatoriedade legal”, afirmou Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães depois de uma reunião da Comissão Municipal de Proteção Civil na segunda-feira.
Questionada pelo Observador sobre o assunto, Graça Freitas reiterou que a mera utilização de máscara não é suficiente para conter a infeção pelo novo coronavírus.
“Não quer dizer que não possa a vir ser recomendada em agrupamentos de mais pessoas, situação diversa é recomendar o uso universal”, salientou.
Os números, revelados no boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), indicam ainda que há mais 687 novos casos de covid-19, o que eleva para 62.813 o número total de casos identificados desde o início da pandemia.
Dos novos casos, 368 são na região de Lisboa e Vale do Tejo (53,6% do total diário). Seguem-se o Norte (mais 226 casos), o Centro (mais 60), o Algarve (mais 15), o Alentejo (mais 12), os Açores (mais cinco) e a Madeira (mais seis).
Coronavírus / Covid-19
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Resumindo: professores, assistentes operacionais, administrativos, alunos, encarregados de educação e famílias, numa palavra, a comunidade educativa, tudo “carne para canhão”. Será que não se conseguiria fazer um pouquito melhor? Não será esta experimentação um análogo das tão justamente criticadas festas do COVID?