Escola do Cerco usada para tráfico e consumo de droga selada pela Câmara do Porto

Escola Preparatoria Cerco Do Porto/Facebook

Escola Preparatória do Cerco do Porto, entre 1990 e 1996

A Câmara Municipal do Porto selou hoje os portões da Escola Preparatória do Cerco, um espaço em ruínas que pertence ao Ministério da Educação e que tem sido apontado como local de consumo e tráfico de droga.

“Os portões foram selados para impedir que crianças que por ali passam possam entrar e picar-se nas inúmeras seringas que estão lá. Consegue-se ver que aquilo está juncado de seringas e de lixo. Isso é o limite do que podemos fazer nesta fase”, disse o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira.

Em declarações à agência Lusa, o autarca contou que tomou a iniciativa de levar “logo pela manhã” três equipas camarárias – fiscalização, Proteção Civil e Polícia Municipal – à escola que está em ruínas, e avançou que agora notificará a Direção Regional de Educação do Norte (DREN), que é a proprietária do imóvel.

“Não podemos entrar numa coisa que não é nossa. A DREN tem de limpar e fazer as obras necessárias. Se não fizer, a Câmara faz e manda a fatura”, sublinhou.

A Escola Preparatória do Cerco, localizada nas ruas Dr. José António Marques e Nossa Senhora do Calvário, na freguesia de Campanhã, deixou de receber alunos há já alguns anos.

Sem manutenção, o edifício está em estado de degradação e começou a ser usado como local de consumo e tráfico de droga, uma situação que motivou uma queixa por parte de um munícipe junto do Ministério da Administração Interna (MAI), que remeteu responsabilidades para a autarquia do Porto, como descreve hoje o Jornal de Notícias (JN).

Escola Preparatoria Cerco Do Porto/Facebook

Escola Preparatória do Cerco do Porto, atualmente abandonada

À Lusa, Rui Moreira recordou que o espaço é propriedade do Ministério da Educação, através da DREN, e lamentou o que chama de “lavar de mãos”.

“É um Estado desorganizado e centralista que quando tem algum problema diz ‘o presidente da Câmara que trate disto’. É lavar as mãos”, afirmou.

Lusa //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.