A equipa médica que assiste o Presidente norte-americano disse estar “cautelosamente otimista” depois de um dia em que não apresentou febre, nem precisou de oxigénio suplementar.
Numa declaração distribuída sábado à noite, o médico presidencial, Sean Conley, reiterou que Donald Trump “continua bem” e “fez progressos substanciais desde o seu diagnóstico”.
O Presidente norte-americano não teve febre, este sábado, e não necessitou de oxigénio suplementar, acrescentou.
“Embora não esteja fora de perigo, a equipa médica está cautelosamente otimista“, disse, acrescentando que, hoje, o Presidente continuará a ser observado e receberá uma nova dose do medicamento antiviral Remdesivir, ao qual respondeu sem complicações.
Trump “passou a maior parte da tarde a trabalhar e deslocou-se sem dificuldade pela suite presidencial”, disse o médico, que se recusou a especular sobre quando Trump poderá ter alta do hospital.
Antes, numa conferência de imprensa durante o dia, as declarações do médico aos jornalistas levantaram mais questões do que aquelas a que respondeu, pois recusou-se repetidamente a dizer se o Presidente alguma vez precisou de oxigénio suplementar e a discutir exatamente quando ficou doente.
Segundo o The New York Times, os níveis de oxigénio do Presidente desceram na sexta-feira e foi-lhe dado oxigénio antes de ser transferido para o hospital.
Conley revelou também que Trump começou a exibir “indicações clínicas” da covid-19 na tarde de quinta-feira, mais cedo do que se sabia anteriormente. “Quinta-feira sem oxigénio. Nenhum, neste momento. E ontem com a equipa, enquanto estivemos todos aqui, não estava a oxigénio”, disse.
Este sábado, o chefe do pessoal da Casa Branca, Mark Meadows, disse que Trump passou por um período “muito preocupante” na sexta-feira e que as próximas 48 horas “serão críticas” para a sua recuperação. “Ainda não estamos num caminho claro para uma recuperação completa”, disse.
Entretanto, Trump divulgou um novo vídeo, gravado no hospital, na sua conta do Twitter, no qual diz que começa a sentir-se melhor e espera “voltar em breve”.
No vídeo de quatro minutos, o Presidente diz que “não se sentia muito bem” quando foi admitido no Hospital Militar Walter Reed, na sexta-feira, após o teste positivo para o coronavírus.
“Sinto-me muito melhor agora, estamos a trabalhar arduamente para que eu recupere totalmente. Penso que voltarei em breve e mal posso esperar para terminar a campanha da forma como a comecei”, acrescentou.
Na comunicação, agradeceu ao pessoal médico que o está a tratar e aos líderes mundiais e cidadãos norte-americanos que enviaram votos de melhoras, dizendo estar a lutar pelos milhões de pessoas que têm tido o vírus em todo o mundo.
“Vamos vencer este coronavírus ou o que quer que lhe queiram chamar”, disse o Presidente no vídeo, que não está datado.
O chefe de Estado disse ainda que não podia ficar trancado na Casa Branca. “Não podia sair, nem sequer podia ir à Sala Oval”, afirmou o Presidente, considerando que tinha de “enfrentar o problema”.
O republicano defendeu ainda que as terapias experimentais que está a receber são um “milagre que vem de Deus”.
De acordo com Trump, a primeira-dama, Melania Trump, também está “a lidar muito bem com o assunto” porque é mais nova. “Um pouco mais nova”, acrescentou o republicano, que é 24 anos mais velho do que a mulher.
Na madrugada de sexta-feira, Trump, de 74 anos, escreveu no Twitter que, tal como a primeira-dama, tinha testado positivo à covid-19 e que iria ficar em quarentena, num anúncio que deixou o país em alerta e que multiplicou reações em todo o mundo.
Horas depois, Donald Trump foi internado por medida de precaução no Hospital Militar Walter Reed.
Pela idade, peso excessivo, recente debilidade cardíaca e constante pressão de trabalho e de campanha eleitoral, o chefe de Estado está num grupo de risco elevado. Desde o início da pandemia, o Presidente minimizou as consequências do novo coronavírus e ridicularizou a importância do uso de máscaras.
Vários elementos da liderança republicana, funcionários de campanha e assessores da Casa Branca testaram também positivo, o que coloca grandes limitações na campanha presidencial, quando falta apenas um mês para o dia da eleição. O segundo debate eleitoral, marcado para 15 de outubro, em Miami, na Florida, não deverá realizar-se.
E começam a surgir suspeitas de que o evento organizado, na semana passada, para anunciar a nova juíza do Supremo Tribunal, Amy Coney Barrett, possa ter tido um papel crucial na disseminação do coronavírus na Casa Branca.
Com o Presidente hospitalizado, as atenções viram-se para Mike Pence. O vice-Presidente tem feito testes regulares sempre negativos e mantém a sua agenda inalterada, substituindo mesmo o Presidente Trump em eventos digitais da campanha eleitoral.
Pence vai participar no debate da vice-Presidência com a candidata democrata, Kamala Harris, na próxima quarta-feira, dia 7 de outubro.
ZAP // Lusa
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