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Empresário português acusado nos EUA de venda enganosa de máscaras

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Enric Fontcuberta / EPA

Nos Estados Unidos, um empresário português está a ser acusado de vender máscaras descartáveis publicitadas como um produto mais avançado. “Ninguém pode esperar que uma máscara dure para sempre”, justificou.

Um empresário português está no centro de uma polémica nos Estados Unidos, numa altura em que o país está debilitado na luta contra a covid-19. O empreendedor terá vendido máscaras descartáveis como se fossem um produto premium, reutilizável e certificado.

Os clientes que compraram as SafeMask terão pago dez vezes mais do que o valor real do produto. As máscaras foram publicitadas como sendo “consideravelmente mais avançadas” do que as máscaras cirúrgicas comuns e tinham uma garantia de três anos, escreve o jornal Expresso.

Em casa, os clientes que compraram as SafaMask via online, receberam máscaras descartáveis, em vez da máscara da fotografia. Os norte-americanos pagaram quase 37 euros por um par delas. Há ainda denúncias de clientes que nem sequer receberam a encomenda.

A venda do produto foi potenciada por uma intensa campanha de marketing que levou ao envio de mais de mil milhões de emails. As mensagens de correio eletrónica redirecionavam os clientes para diferentes sites de vendas.

Ricardo Jorge Pereira de Sousa Coelho é apresentado pelo BuzzFeed como “um milionário com uma coleção de supercarros, empresas e residências em Malta, Seychelles, Hong Kong, Emirados Árabes Unidos e Estónia”.

O empresário disse não ter responsabilidade, justificando que o envio de emails foi feito por comerciantes afiliados desonestos, independentemente da sua empresa.

“Ninguém pode esperar que uma máscara dure para sempre. Isso é irracional”, disse ainda o português, garantindo que a fotografia que acompanhava o email mostrava claramente que se tratavam de máscaras descartáveis.

Depois do caso ter sido tornado público, o preço da SafeMask caiu 75% e a garantia de três anos foi retirada. Já esta semana, as máscaras foram retiradas dos sites de venda online.

ZAP //

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5 Comments

  1. Mas isto não é normal no país do marketing e das televendas onde todo tipo de lixo é publicitado ao limite e vendido a preços exorbitantes (e já com 50% de desconto, claro!)??
    É o mercado livre… livre de vergonha e de reponsabilidade!…

    • Mais uma vez estás a demonstrar que andas muito distraído. O mercado americano é dos mais complexos. Qualquer coisa serve de pretexto para litigar em tribunal. Nalguns estados, se venderes máquinas de lavar roupa e alguma mãe enfiar lá o filho, e no teu manual não estiver explícito que não se devem colocar crianças, estás a pagar indemnizações.
      Deixa-te estar na tua profissão e não te metas nisto.

      • O quê?
        E o que tem esses disparates tipicamente americanos a ver com a notícia ou com o que eu escrevi?!
        Vai lá reler tudo outra vez para ver se à segunda consegues perceber o objectivo do meu comentário.

  2. Não me parece que tenham sido retiradas do mercado, nem que o seu preço tenha baixado, pelo contrário. Numa breve pesquisa encontrei umas SafeMask à venda por 49,99 dólares.

    • Verdade! Mas isso, provavelmente, deve ser de algum “guloso”, que se calhar nem conhece o setor da saúde e quis armar-se em esperto, que julgou que estava a fazer um “negócio da China” e tratou de comprar, na “febre da ganância”, umas largas centenas de unidades a pensar que ia ficar rico….agora ficou encavado e deve estar a querer despachá-las pra se safar do prejuízo…e de certeza ainda vai conseguir apanhar alguns “patos bravos”. É só oportunistas e trafulhas.Phonix!!!!

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