O Governo vai abrir, pelo menos, mais duas mil vagas no Ensino Superior para responder ao elevado número de candidaturas. Os lugares excecionais no concurso deverão ser aprovados ainda esta semana.
Mais de 63 mil estudantes candidataram-se à primeira fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior. De acordo com a tutela, o número de candidatos “volta a atingir um novo máximo e é também o mais elevado desde 1996″, ano em que atingiu os 68.798.
Face ao elevado número de candidatos, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior admitiu medidas excecionais. O Conselho de Ministros deverá aprovar, já nesta quinta-feira, um aumento de vagas no Ensino Superior, avança o jornal Público.
A Comissão Nacional de Acesso ao Ensino Superior (CNAES) considerou que o número de vagas inicialmente disponível era insuficiente “para garantir a procura de estudantes no Ensino Superior público”. Assim, a comissão deu ‘luz verde’ ao ministério de Manuel Heitor para avançar com o aumento de lugares.
Em declarações à TVI na segunda-feira, o ministro do Ensino Superior deu conta de que se poderá abrir “pelo menos mais duas mil vagas” das cerca de 5.000 que ficaram por preencher nos concursos especiais.
A CNAES sublinha que as alterações necessárias “devem ser conduzidas desde já e nos prazos das próximas semanas de forma a ser ainda possível aumentar vagas” em tempo útil de serem utilizadas na 1.ª fase.
Assim como no ano passado, explica o Público, será aberto um período especial para que os alunos que já se candidataram possam alterar as suas preferências, se assim o desejarem, ou até concorrerem pela primeira vez.
Os resultados da 1.ª fase do concurso nacional de acesso serão divulgados em 27 de setembro, no sítio da Direção-Geral do Ensino Superior.
Para o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, o aumento de candidatos “demonstra uma confiança crescente dos jovens e das suas famílias na formação superior, nas instituições e nas vantagens decorrentes da qualificação superior, o que assume particular relevância no contexto do processo em curso de recuperação económica e social na sequencia da crise internacional associada à pandemia” de covid-19.