Na ilha de Changbiao, na costa chinesa, estão a ser construídos dois reatores nucleares, com início previsto para 2023 e 2026, respetivamente.
Os dois reatores são do tipo China Fast Reactor 600 (CFR-600). Ao contrário da grande maioria, que usa água para arrefecer as reações e desacelerar os neutrões libertados, estes reatores rápidos usam sódio líquido.
A maior vantagem é o aumento dramático da eficiência na produção de energia. Estes reatores tendem a extrair menos de 1% da energia do urânio no reator, enquanto os reatores rápidos têm uma eficiência 100 vezes maior, extraindo quase toda a energia possível do combustível de urânio ou tório.
Mas, segundo o Aljazeera, há uma grande desvantagem: as fugas de sódio costumam ser comuns. Além disso, o CFR-600 vai produzir plutónio, que pode ser usado como combustível – mas também em armas nucleares.
Juntos, os reatores vão produzir energia não baseada em combustíveis fósseis que poderia ajudar a China a garantir as suas necessidades energéticas e, ao mesmo tempo, levar o país a atingir a meta para a redução de emissões de dióxido de carbono até 2060.
No entanto, os especialistas estão preocupados porque ninguém – além das autoridades chinesas e das empresas que supervisionam os projetos – sabe se o uso pretendido é puramente para energia civil ou se serve a um duplo propósito, nomeadamente para as necessidades de dissuasão nuclear do país.
A questão ganhou ainda mais ênfase esta semana, depois de uma autoridade norte-americana ter acusado Pequim de resistir às negociações bilaterais com Washington sobre a redução do risco nuclear.
Estes reatores estão envoltos em mistério porque a China, que tinha sido transparente sobre o seu programa de plutónio civil até há pouco tempo, interrompeu as declarações voluntárias anuais à Agência Internacional de Energia Atómica [AIEA] sobre os seus stocks de plutónio civil em 2017 e não acrescentou os reatores ao banco de dados da agência.
Pelo menos, até agora.
Os especialistas do Nonproliferation Policy Education Center, em Washington, estão a tentar chamar a atenção para esta preocupação.
Ao explorar estas “armas” – plutónio, urânio e trítio altamente enriquecido que a China pode facilmente fabricar – “Pequim poderia reunir, até 2030 e de forma conservadora, um arsenal de 1.270 armas nucleares“, lê-se no relatório do organismo.
Raça filha da
Ainda haverá quem acredite que a China após ter alcançado um nível de progresso razoável e tendo em conta a sua dimensão geográfica e demográfica, estarão dispostos a ficarem de braços cruzados perante a evolução dos seus mais diretos rivais?
O actual governo chinês aproveita-se de uma vulnerabilidade das democracias, onde existe ainda alguma liberdade nos media o que permite ter divisões de opinião nestas. Muitas delas são fomentadas pela propaganda destes regimes que mais do que autoritários são ditaduras ferozes.
Este comportamento agressivo é de alto risco, pois confia na indole pacífica das vitimas, meio manietadas pela propaganda agressiva que destila, e pela fraqueza das divisões internas de diferentes perspectivas politicas.
Mas um engano ou equivoco pode ser fatal para a humanidade, pois não tenhamos ilusões se for mal avaliado corremos todos o risco de uma guerra cujo resultado é impensável.
Será que posso considerar tretas como síndrome da China? Ou apenas hipocrisia militante e resyuldo de permanentes lavagens cerebrais? Claro que um guerra muito, muito quente terá um resultado impensável, já vimos uma amostra do que podem fazer as “vulneráveis democracias” em Hiroshima e Nagasaki, não foram acidentes foram crimes contra a humanidade e sabemos quem foram os autores desses crimes. Sabe qual foi o argumento? Acabar com a guerra no Pacífico e salvar umas centenas de milhar de vidas de americanos. Ou seja: as duas bombas não foram mais que coisas úteis. As pessoas – se a qualificação é adequada – já esqueceram o projecto da Bomba de Neutrões”, destinava-se, tão só e somente, a destruir as populações, povos, com o mínimo de estragos materiais. Infelizmente, na corrida do terror, há uma “vulnerável democracia” que dita as regras do jogo, comandando-o, com toda a batota necessária, sempre na frente. Temo, isso sim, é medo do utilitarismo arrivista das “vulneráveis democracias”, em desespero, não hesitarão em usar os argumentos Hiroshima e Nagasaki, tenho muito mais confiança nos cinco milénios da cultura (e civilização) chinesa. Finalmente, perceba: decadência não é o mesmo que vulnerabilidade, esta pode evitar-se, com democracia, a decadência não é e conduz, invariavelmente, à destruição. Esperemos que seja só própria, uma fé muito, muito, ténue.
Para clarificar: não sou “pró” ou “contra” os USA ou a China são duas paixões, uma antiga, começou na adolescência e outra mais recente, o que acontece é que a vida não é um parque de estacionamento, dai que da paixão USA pouco mais restem que memórias. A paixão pela China, muito mais recente, apanhou-me já na idade da razão, não na adolescência e nada tem a ver com o regime político, é uma fase, necessária e não existe povo mais pragmático que o chinês e que alguns simplistas consideram “fatalismo”. Se o fossem, não sobreviviam a mais de 5 000 anos de civilização. O grande problema para a classe política continua a ser o mesmo depois da “revolução cultural”. a suficiência alimentar, a erradicação da milenar tragédia da fome. E essa luta, essa prioridade, é o “milagre chinês” e de pouco se fala. Hoje não existe fome na China, mas persistem centenas de milhar que sofrem de subnutrição. É esta luta que explica a espectacular evolução tecnológica chinesa nos últimos 30/40 anos: mais de metade da população chinesa sabe o que vai comer ao jantar, antes de ir para a cama, 50 anos atrás, em 1974, só as elites tinham essa segurança. As prioridades são claras: o combate alimentar e a educação e é o sucesso obtido na evolução das duas prioridades que explica o desenvolvimento social, económico e tecnológico. Não ser dor, não sem erradicação de grupos minoritários que colocam os seus interesses de grupo à frente do bem-estar do povo. A democracia não se adquire em supermercados e muito menos é grátis, doí, muitas vezes exige cirurgia, ainda que não passe de cortes localizados, não deixa de doer..
Uau, amigo, que grande lição.
Obrigado
Caro Anton, como vê, o seu comentário despertou logo resposta de alguém “meio manietado”, que nem sabe distinguir a cultura e civilização Chinesas do Partido Comunista / bando de ditadores que dirige o País nos últimos 70 anos, e que usa argumentos / erros com 75 anos para justificar a sua preferência por um perigoso regime ditatorial. As democracias têm de facto de estar muito atentas.
Ósório, Osório, não percebeu que não respondi ao Anton? Usei-o como usaria um skate atirado ao lixo e conhecer um bronco como o Osório não foi grande reconhecimento das minhas habilidades. Compreenda, não existe possibilidade de discussão entre ideias, conhecimentos o papaguear de slogans do “fast food” americano. Contudo, os caros Anton e Osório ganhariam algum respeito se me explicassem, mesmo através de slogans, Hiroshima e Nagasaki. Já reservei um sofá, confortável, para esperar a resposta.
Hiroshima e Nagasaki foram um crime contra a Humanidade. Qual é a dúvida? E o que tem isso a ver com a discussão? Como quer discutir ideias se a única coisa que faz é desconversar e ofender os outros comentadores? Caro AS, sabe o que é um slogan? É estar sempre a falar de Hiroshima e Nagasaki cada vez que a máscara lhe que cai. Ou seja, constantemente.
E acima de tudo, bem armadas.
Não esqueça
Nesse Caso Destes Reatores a china não tem obrigação de informar nada diferente do covid-19
Eles Não Estão presos a nenhum tratado internacional, se eles quiserem poderão fazer quantos bombas nucleares a vontade, a no caso de repassa informações sobre esse reatores são voluntários e não obrigatórios.
Eu nem uma chinesa desmontada compro para montar cá em Potugal, tenho dito pu…a que os partiu.
“Juntos, os reatores vão produzir energia renovável”
Renovável?! O combustível usado é menos “renovável” que os combustíveis fósseis.
Por favor, corrijam esta notícia!
todos os paises deveria de deixar ter esse tipo de uso, porque só os americanos e russos podem ter? de onde veio os maiores desastres? não foi da China
Só os EUA e Rússia tem centrais nucleares?!
Enfim… a França é o país do mundo com a maior produção de energia eléctrica em centrais nucleares.
É mais do que previsível que a China vá produzir cada vez mais centrais nucleares.