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Auditoria com suspeitas de corrupção no SEF arquivada. Suspeito promovido

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O diretor do SEF, Carlos Moreira, mandou arquivar a investigação interna concluída há um mês com suspeitas de crime.

De acordo com o Diário de Notícias, Carlos Moreira, o novo diretor dos Serviços de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), terá mandado arquivar uma auditoria interna com suspeitas de corrupção e vistos ilegais sem o requisito obrigatório de prova de entrada legal no nosso país.

O Gabinete de Inspeção do SEF, que conduziu a auditoria durante um ano, propôs sanções disciplinares a seis funcionários, entre os quais Luís Gouveia, ex-diretor nacional adjunto.

Além disso, foram extraídas duas certidões criminais relativas a indícios de corrupção de um inspetor e um administrador, que terão alegadamente recebido dinheiro para conceder vistos. O ministro da Administração Interna, no entanto, reafirma “plena confiança” nesta autoridade.

O assunto já chegou ao conhecimento do CDS, com Nuno Magalhães, o líder parlamentar daquele partido, a considerar a decisão de Carlos Moreira “muito grave”. Além disso, o partido liderado por Cristas pressionou Cabrita a prestar “cabais explicações” sobre a referida situação.

O SEF, por sua vez, “não comenta resultados de inquéritos internos nem de processos disciplinares” e Luís Gouveia, o visado, afirmou ter sido “ouvido” e ter feito a sua “defesa em sede de auditoria”, aproveitando ainda para defender que esta se trata de uma “questão interna. Para mim o assunto está encerrado e arquivado”.

O Diário de Notícias relembra ainda que ainda este mês Luís Gouveia foi destacado para ocupar o cargo de oficial de ligação na Representação Permanente Portuguesa, em Bruxelas, passando a auferir um vencimento superior a 10 mil euros mensais.

Eduardo Cabrita, que aceitou a nomeação, explicou que “a direção do SEF indicou, nos termos dos procedimentos estabelecidos, três currículos” para o cargo. Segundo o ministro, “o currículo de Luís Gouveia foi considerado o mais adequado às funções” e “do seu registo pessoal não consta qualquer sanção disciplinar”.

A nomeação foi assim já depois do arquivamento da auditoria.

O Gabinete de Inspeção não terá, no entanto, alterado nada nas conclusões do relatório, continuando a propor as mesmas sanções, que também visam Luís Gouveia.

A auditoria, ordenada pela anterior diretora, Luísa Maia Gonçalves (que se demitiu em conflito com a ex-ministra Constança Urbano de Sousa), contou com uma equipa especial de investigação e reuniu informação que encheu um total de 15 volumes, entre a qual se incluem diversas provas documentais sobre as ilegalidades.

ZAP //

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5 Comments

  1. Pois, o silêncio à volta desta notícia é ensurdecedor…
    Passamos por estes casos como quem passa por uma cadáver na rua e nem pisca os olhos… Ao que nós chegamos, Portugal!!!

  2. Miguel Macedo não é aquele arguido dos Vistod Gold? e de ter enviado um email com os termos de um concurso, sobre os meios aéreos de combate a incêndios, a um amigo, antes de todos os outros saberem? A sério? Miguel Macedo? Mas alguma vez será recuperado para a política? Isso é o mesmo que dizer que Sócrates ainda poderá ser PM ou PR? Haja paciência…

    • Mas alguém duvida que o sócrates vai regressar daqui a uns anos para se candidatar a presidente (como fez o cavaco)?
      Vai aparecer e dizer que coitadinho… foi incriminado… e ainda lhe vão pagar indemnização.

  3. mais um engano da geringonça…. o marcelo dos beijinhos por onde anda????
    ja era tempo de demitir o n 2 de socrates e fazer uma petiçao para mandar o “beijinhos” para os açores. a pouca vergonha ja virou descaramento, desfaçatez.,.crime contra a segurança do estado de direito.

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