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Diretor de campanha de Passos apanhado na Lava Jato

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PSD / Flickr

Pedro Passos Coelho na 1ª Edição das Conferências da Liberdade em Santarém

Pedro Passos Coelho na 1ª Edição das Conferências da Liberdade em Santarém

As autoridades brasileiras querem saber que atividades desenvolveu em Portugal André Gustavo Vieira da Silva, especialista em marketing político responsável pelas campanhas eleitorais do PSD em 2011 e 2015.

De acordo com o Público, a empresa de comunicação de André Gustavo, que dirigiu as campanhas eleitorais de Pedro Passos Coelho em 2011 e 2015, terá recebido um milhão de reais, em dinheiro vivo, através da Odebrecht.

O Ministério Público Federal (MPF) brasileiro pediu à Procuradoria-Geral da República (PGR) portuguesa informações sobre a atividade do publicitário brasileiro em Portugal, onde a Arcos Comunicação (registada como Arcos Propaganda) teve como único cliente o PSD. O pedido é justificado pelo facto de o nome do pernambucano aparecer mencionado na 23.ª fase da operação Lava Jato.

“Em consultas a fontes, a Arcos Comunicação é mencionada por sua atuação, na pessoa de André Gustavo Vieira da Silva, em campanha eleitoral em Portugal”, lê-se nos autos emitidos em março de 2016 pela Polícia Federal do Estado do Paraná, citado pelo Público.

A PGR confirmou ao Público que “recebeu, das autoridades brasileiras, três cartas rogatórias inseridas no âmbito da designada operação Lava-Jato. Uma já foi devolvida. As restantes encontram-se em execução”, mas “não revela o teor dos pedidos de cooperação”.

O envolvimento de André Gustavo na Operação Lava Jato é expressamente referido num documento do MPF onde são descritos dezenas de pagamentos ilícitos a indivíduos e empresas. O MP brasileiro refere que, em 2015, foram feitas três entregas, no montante de um milhão de reais, ao pai de André Gustavo, o diretor da Arcos Comunicação António Carlos Vieira da Silva Júnior.

No documento, duas funções são atribuídas à empresa: “Prestou serviços eleitorais em Portugal por intermédio de André Gustavo Vieira da Silva “; “possui contrato com o BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social, do Brasil], sendo que André Gustavo teria sido convocado à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do BNDES, por seu vínculo com Delúbio Soares” (ex-tesoureiro do PT e padrinho de casamento de André Gustavo).

À SIC Notícias, no entanto, André Gustavo diz não ter conhecimento de qualquer pedido de informação nem do Brasil, nem de Portugal. O PSD também garante não ter conhecimento do processo em andamento no Brasil.

André Gustavo, referido pelo Correio da Manhã como “amigo de Relvas“, conheceu o ex-presidente do PSD Luís Filipe Menezes há cerca de 20 anos, no Brasil, como foi confirmado pelo próprio à Visão em 2011.

O publicitário, de 47 anos, seria mais tarde apresentado a Marco António Costa, que, por sua vez, o apresentou a Miguel Relvas, de quem é amigo e dono da casa onde o ex-ministro reside em Lisboa.. André Gustavo começou a trabalhar para o PSD em 2010, quando o partido estava na oposição, sob a liderança de Passos Coelho.

De acordo com o Público, o único registo empresarial de André Gustavo em Portugal é uma empresa unipessoal, criada em outubro de 2013, em Lisboa, cujo objeto social é a compra, venda e arrendamento de imóveis.

ZAP

2 Comments

  1. E a fotografia de Passos Coelho vem na notícia em 1º plano a que propósito? Que eu saiba a notícia visa o director de campanha de Passos Coelho e não Passos Coelho. Seria natural que viesse a fotografia de André Gustavo, mas assim é MAIS NOTÍCIA….

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