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Moreira da Silva tocou na ferida e pediu um Congresso extraordinário. A direção de Rio ficou em silêncio

PSD / Flickr

O presidente do PSD, Rui Rio

Jorge Moreira da Silva pediu um congresso extraordinário para clarificar a posição do PSD sobre alianças em contexto eleitoral depois do entendimento parlamentar com o Chega nos Açores. A direção de Rui Rio ficou em silêncio.

O antigo vice-primeiro presidente de Passos Coelho, Jorge Moreira da Silva, tocou na ferida e assumiu que discorda da solução encontrada nos Açores, sobretudo por ter sido celebrado um acordo parlamentar com o Chega para viabilizar o Executivo. Como consequência, pediu um congresso extraordinário para clarificar a posição do PSD sobre alianças em contexto eleitoral.

Um congresso extraordinário só pode ser pedido por deliberação do conselho nacional ou por subscrição de 2500 militantes. Para já, a direção de Rui Rio abstém-se de responder, avança o Público esta terça-feira.

Contactadas pelo diário, fontes do partido encaram esta iniciativa como um ato isolado que tem em vista futuras disputas eleitorais internas do que uma ação imediata. Há um ano, Moreira da Silva chegou a ponderar ser candidato à liderança do PSD, mas acabou por desistir.

Miguel Pinto Luz, um dos candidatos de há um ano, saiu em defesa da posição de Rui Rio, afirmando que o tema das alianças foi discutido nas últimas eleições e que, por isso, “ninguém pode acusar o dr. Rui Rio de não ter sido suficientemente claro”.

“Rui Rio está hoje mais próximo de continuar a liderar o PSD e isso baralha o calendário de muito”, reagiu ainda, em declarações à Lusa.

Mas a posição de Pinto Luz contrasta com a de José Eduardo Martins, que considerou o acordo com o Chega como “o maior erro” do PSD nos seus 35 anos de militância.

O antigo secretário de Estado do Ambiente assinou a carta aberta contra a partilha de terreno entre as “direitas democráticas” e os “iliberalismos” ao lado de Miguel Poiares Maduro, de figuras do CDS e de outras personalidades da sociedade portuguesa.

ZAP //

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