Um grupo de personalidades nacionais ligadas aos valores da direita política criticam duramente o PSD pelo acordo que assinou com o Chega de André Ventura nos Açores. Desde os sociais-democratas Miguel Poiares Maduro e José Eduardo Martins aos escritores Miguel Esteves Cardoso e Pedro Mexia, passando pelo músico Samuel Úria, consideram que a estratégia do PSD é “um erro”.
“A aceitação desta amálgama ideológica por parte das direitas democráticas constitui uma afronta à sua história e o prenúncio de um colapso moral“, vinca-se no abaixo-assinado intitulado “A clareza que defendemos” que é publicado pelo jornal Público.
O texto é assinado por figuras como Miguel Poiares Maduro e José Eduardo Martins, ex-dirigentes do PSD, por escritores como Miguel Esteves Cardoso, Pedro Mexia e Francisco José Viegas, ou ainda pelo músico Samuel Úria e por José Diogo Quintela dos “Gato Fedorento”.
Estas personalidades realçam que “uma coisa é os movimentos nacional-populistas, xenófobos e autocráticos assumirem aquilo que são”. Mas “mais grave” do que isso “é o espaço não-socialista deixar-se confundir com políticos e políticas que menosprezam as regras democráticas, estigmatizam etnias ou credos, acicatam divisionismos, normalizam a linguagem insultuosa, agitam fantasmas históricos, degradam as instituições”, vincam no abaixo-assinado que em nenhum momento se refere ao Chega.
Contudo, fica bem patente qual é o alvo do texto, com estas figuras públicas a relevarem que “Trump não é Lincoln, T. Roosevelt ou Reagan”. “A «democracia iliberal» húngara não é aceitável num Partido Popular Europeu de tradição democrata-cristã”, tal como “o neo-franquismo não é herdeiro da direita espanhola da Transição e do pacto constitucional”. E “o espaço do centro-direita e da direita portuguesa não é o do extremismo, seja esse extremismo convicto ou oportunista”, reforçam.
“A democracia liberal precisa de soluções consistentes e exequíveis, não de discursos demagógicos, incendiários, revanchistas“, aponta-se ainda no mesmo texto com a conclusão de que “não se responde à deriva” dos “novos movimentos de direita” e do “descontentamento e exasperação dos seus apoiantes” “com a amálgama”.
“É preciso deixar bem claro que as direitas democráticas não têm terreno comum com os iliberalismos. É essa clareza que defendemos”, sublinham os autores do abaixo-assinado.
Poiares Maduro fala em “erro” de Rui Rio
O ex-ministro do PSD Poiares Maduro é um dos signatários do texto e, em declarações à TSF, explica as suas razões, considerando que discorda “claramente” do acordo firmado entre o PSD Açores e o Chega.
“Compreendo a necessidade do PSD nacional respeitar a autonomia regional, desde que o conteúdo desse acordo não viole princípios do PSD, mas discordo dele”, frisa Poiares Maduro, salientando que “é um erro”.
O ex-ministro ainda manda uma bicada a Rui Rio que disse que, “se o Chega se moderar pode haver hipóteses de diálogo” para um acordo com o PSD a nível nacional.
Para Poiares Maduro, “se o partido deixar de ser aquilo que é, se a identidade política for diferente, é um partido diferente”.
“O PSD até pode vir a fazer uma coligação com o PCP se o PCP for diferente daquilo que é hoje em dia”, atira em jeito de provocação, considerando que “a questão não se coloca nesses termos”.
“Para mim, o Chega é o que é hoje – e o que é hoje torna incompatível qualquer acordo do PSD com o Chega”, conclui o antigo ministro.
Chega tem as “ideias mais repugnantes”
Também José Eduardo Martins, outro dos signatários do abaixo-assinado e ex-secretário de Estado no Governo do PSD, critica a estratégia do PSD nos Açores.
“O PSD escusava de ter inaugurado este caminho do qual é muito difícil de regressar”, vinca José Eduardo Martins também na TSF, frisando que “os valores pelos quais o Chega ganhou notoriedade” e com os quais “ganhou vantagem sobre o CDS”, o “parceiro democrático tradicional [do PSD] à direita”, assentam “nas ideias mais repugnantes“.
“Isso tem um dano de imagem de que é muito difícil de recuperar”, realça ainda.
José Eduardo Martins refere que o PSD tem “muitos problemas com a governação do Partido Socialista”, mas diz que “a resposta do espaço não-socialista não pode ser andar para trás no tempo e procurar tirar vantagem do que de pior e mais divisionista existe na sociedade, da xenofobia e do desrespeito pelas minorias“.
“O PSD tem uma história de respeito pelas pessoas, pelas regras democráticas, pela convivência com uma democracia liberal que em nada existe no Chega”, conclui José Eduardo Martins.
Até que enfim há alguém que chama os bois pelo nome, se houvesse mais gente com a coragem destes os partidos todos eles sem excepção eram obrigados a mudar de agulha, infelizmente a grande maioria diz Ámen a tudo o que meia dúzia decidem mesmo não concordando.
Porque é que esta “gentinha” do abaixo assinado não disse, quando o PS fez uma geringonça com o Bloco de Esquerda (BE), que “a aceitação desta amálgama ideológica por parte da esquerda democrática constitui uma afronta à sua história e o prenúncio de um colapso moral“, visto o BE ser um clube onde estão estalinistas, maoistas e troskistas?
E seguindo a mesma lógica de raciocínio não me lembro de ninguém ter ficado escandalizado com o facto do PS ter feito uma coligação com o PCP e o BE, sabendo-se que estes são contra a União Europeia!!! E também não me lembro de ninguém questionar a aliança do PS com um partido que defendia o regime da Coreia do Norte (segundo palavras do atual autarca de Loures). E muito mais havia para dizer mas, no fundo, o que esta gentalha não estava à espera era que lhes dessem a provar o mesmo veneno.
O mesmo veneno? Na geringonça do PS estiveram antifachistas da resistência que durante décadas deram a vida e a liberdade pelo seu povo. O que é que isso tem de parecido? Você é daqueles que quer as mulheres esterilizadas por fazerem um aborto, quer acabar com as minorias e outras coisas no gênero…
E antieuropeus convictos e alguns que até dizem que a Coreia do Norte é um sistema livre e democrático.
Quanto ao resto, são apenas disparates seus. Passo bem sem eles.
Quem são estes tipos? Penso que deveriam fundar o” AFASTA ” já que não são precisos para nada no PSD…São gamelistas …então esse Poiares…nem é bom falar…..Portanto, rua com eles e que vão fundar o AFASTA….podem depois ter lugAR nas listas do PS…ou então vão até ao Aliança…Nós no PSD somos de esquerda..não de direita
disse isso mas não publicaram…tem COVID?
los corruptos no quieren politicas anti corrupçon.