/

Chega “moderou-se” nos Açores. Rio abre a porta a diálogo se o mesmo acontecer no continente

3

PSD / Flickr

O presidente do PSD, Rui Rio

“O acordo com o Chega foi a nível regional, nos Açores, e teve por base quatro compromissos e nenhum é fascista”, disse Rui Rio esta segunda-feira, explicando no que consistiu o acordo do PSD com o Chega nos Açores. Em termos nacionais, “há hipótese de diálogo” se “o Chega se moderar”.

Esta segunda-feira, Rui Rio disse “concordar” com os quatro objetivos do Chega para viabilizar o governo nos Açores e considerou que o partido “se moderou” na região.

“No futuro, no continente, já tive oportunidade de dizer isto e deu origem a não sei quantos incêndios políticos. Se o Chega se moderar pode haver hipóteses naturalmente de diálogo. Se o Chega não se moderar não há hipótese de diálogo. Nos Açores moderou-se”, afirmou o líder social-democrata.

O acordo com o Chega “foi a nível regional, nos Açores, e teve por base quatro compromissos e nenhum é fascista: redução do número de deputados, fim da subsidiodependência, criação de um gabinete de combate à corrupção e reforço da autonomia regional”.

“Reduzir deputados, criar mais emprego e reduzir a subsidiodependência, combater a corrupção e querer o reforço da autonomia são compromissos fascistas?”, questionou Rio em declarações aos jornalistas, à margem de uma reunião por videoconferência com a Confederação Empresarial de Portugal – CIP.

Desta forma, Rio deu a entender que a porta a um entendimento entre o PSD e o Chega não está totalmente fechada. “Se a nível nacional quiserem baixar o número de deputados, vamos propor. Se quiserem criar mais emprego e menos subsidiodependência, não vou ser a favor da subsidiodependência só porque o Chega é contra. E estou de acordo com o combate à corrupção”, justificou, acusando o PS e o Bloco de Esquerda de estarem “desesperados” por terem perdido o poder nos Açores.

Questionado pelos jornalistas se o partido tinha, ao aceitar negociar com o Chega uma solução política, “passado a linha vermelha”, Rui Rio negou. “O PSD passou a linha vermelha de querer baixar os deputados regionais, de querer baixar o número de pessoas desempregadas e de combater a corrupção. Foi essa a linha vermelha que o PSD passou.”

“O dr. António Costa, o Partido Socialista e o Bloco de Esquerda estão efetivamente de cabeça perdida e estão claramente a mentir aos portugueses“, disse Rui Rio. “Não fui eu, nem o PSD nacional que negociou o que quer que seja com o Chega.”

O PS venceu as eleições legislativas regionais, mas perdeu a maioria absoluta, que detinha há 20 anos, elegendo 25 deputados. PSD, CDS e PPM, que juntos representavam 26 deputados, anunciaram esta semana um acordo de governação, tendo alcançado acordos de incidência parlamentar com o Chega e o Iniciativa Liberal (IL).

ZAP // Lusa

Siga o ZAP no Whatsapp

3 Comments

  1. Agora o Kostinha deve estar orgulhoso por terem seguido o exemplo dele há uns anos – perdeu, mas está neste desgoverno, tal como a chama direita ( só porque não é esquerda) fez agora. Felizmente para os Açorianos. E o Chega, seguramente não é extrema direita. Convém chamar-lhe isso, para assustar quem não entende de política e ainda acredita no kostinha…

  2. Onde está o problema se o Costa se aliou a partidos defensores de ditaduras de esquerda as quais já foram responsáveis por milhões de mortes e torturados pelo mundo fora e isso parece não incomodar muita gente logo a começar pelo senhor Costa. Será que o Chega também seja tentáculo dalguma ditadura e partilhe das mesmas ideias? Quem o souber que o denuncie.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.