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Rio acusa PS de mentir sobre acordos com Chega e lembra “geringonça”

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O presidente do PSD acusou hoje o PS de mentir sobre acordos nacionais ou cedências dos sociais-democratas ao Chega e refere que foram os socialistas que, em 2015, fizeram um acordo escrito com BE e PCP para governar.

Em publicações colocadas de madrugada na sua conta oficial da rede social Twitter, Rui Rio acusa ainda a “família socialista de se achar a legítima proprietária dos Açores”.

“O PS, que fez um acordo escrito e se entregou ao BE e ao PC em muitas leis e em todos os Orçamentos do Estado desde a Geringonça/2015, veste-se agora de virgem ofendida por não conseguir uma maioria nos Açores”, refere Rio, na sua última publicação, divulgada pelas 02:00.

Para o líder do PSD, “o PS sabe que mente, quando agita acordos nacionais e coligações do PSD com o Chega”.

“O PS sabe que mente, quando inventa cedências do PSD a ideias do Chega em matéria de revisão constitucional; joga baixo e tenta baralhar os portugueses”, critica, acrescentando que “a família socialista acha-se a legítima proprietária dos Açores, e, no seu desespero, perdeu a noção da decência”.

Na noite de sexta-feira, Rio já tinha, também através do Twitter, visado diretamente o secretário-geral, José Luís Carneiro, que em conferência de imprensa durante a tarde acusou o PSD liderado por Rui Rio de virar as costas ao fundador Sá Carneiro e de negociar o apoio do Chega a uma solução governativa nos Açores, tendo como moeda de troca a revisão da Constituição.

“Entre asneiras ou mentiras contei 19 (algumas repetidas), o que dá 3,1 por minuto de intervenção. Três recordes batidos: o de asneiras por minuto; o do maior descaramento político pós geringonça/2015; e o do desespero “familiar-ó-insular. Pior ainda, o PS sabe que está a mentir”, escreveu Rio.

Em declarações aos jornalistas no parlamento na sexta-feira, o vice-presidente do PSD André Coelho Lima recusou que haja qualquer acordo nacional com o Chega, quer sobre revisão constitucional quer sobre coligações, e acusou o PS de “topete”, dizendo que foram os socialistas os primeiros a fazerem “os entendimentos necessários” para governar.

“Não há qualquer moeda de troca com a revisão constitucional, não há acordo nacional do Chega com o PSD”, afirmou o dirigente social-democrata, explicando que foram “transmitidos a elementos” do Chega os princípios do projeto de revisão constitucional que os sociais-democratas pretendem apresentar na atual sessão legislativa.

“É de lamentar o tom utilizado pelo secretário-geral adjunto do PS, que é exatamente o mesmo partido que também ignorou a sua história para fazer os entendimentos que considerou necessários”, afirmou Coelho Lima, referindo-se às legislativas de 2015 em que o PS, tendo ficado em segundo, formou Governo, com o suporte parlamentar de BE, PCP e PEV.

Em causa está o anúncio feito na sexta-feira pelo Chega de que “vai viabilizar o governo de direita nos Açores”, após ter chegado a um acordo com o PSD em “vários assuntos fundamentais” para aquela região autónoma e para o país.

Quanto à exigência nacional que tinha sido feita pelo partido de que o PSD participasse no processo de revisão constitucional iniciado pelo Chega, André Ventura disse ter obtido garantias para o futuro.

Perante estas declarações, o secretário-geral adjunto socialista considerou que Rui Rio deve aos portugueses “um esclarecimento cabal” e “não um esclarecimento feito no Twitter”.

“Quais foram os princípios e os valores que o doutor Rui Rio deixou cair relativamente à revisão constitucional para alcançar o poder na região autónoma dos Açores?”, questionou José Luís Carneiro.

// Lusa

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5 Comments

  1. O Sarmento confirmou, O PSD acha que a Chega não é fascista. Isto confirma a suspeita de 46 anos que o PSD não é um partido democrático, mas uma frente de uma organização secreta da extrema direita, dirigida por elementos da advocacia ligada à maçonaria

      • Agora gostava de saber como é que ‘o povo’ vai fazer esta escolha. O grito é louvável, mas ‘o povo’ é um aglomerado de pessoas, cada uma com uma vontade de escolha. A escolha de cada elemento ‘do povo’ é feita por voto. Cada partido tem uma assinatura para atrair votos. Os votos juntos dão força a um partido. Alguns partidos não querem este sistema, mas reclamam todos os votos ‘do povo’

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