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DGS substitui quatro dirigentes. Foi “coincidência”

José Sena Goulão / Lusa

Em poucas semanas, a Direção-Geral da Saúde (DGS) substituiu quatro dirigentes e pessoas em cargos de chefia. A autoridade da saúde garantiu, em declarações ao Público, que foi apenas uma “coincidência” e que as substituições nada têm a ver com a pandemia.

O Público avançou este domingo que Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, tem dois novos subdiretores-gerais: o médico de saúde pública Rui Portugal e a administradora hospitalar Vanessa Gouveia. Os profissionais vão substituir o médico Diogo Cruz, que regressou ao hospital de Santa Maria, em Lisboa, e Catarina Sena, que morreu em abril ao 47 anos, vítima de doença prolongada.

Diogo Cruz disse, em declarações ao jornal Público que a sua decisão já tinha sido tomada antes da pandemia, mas acabou por só agora a concretizar, altura em que “as coisas estabilizaram um pouco” e foi encontrado um substituto. O seu sucessor, Rui Portugal, tinha sido nomeado em junho coordenador do Gabinete Regional de Intervenção para a Supressão da Covid-19 em Lisboa e Vale do Tejo (LVT).

Já Vanessa Gouveia passou por várias unidades de saúde ao longo da sua carreira e dirigiu o Agrupamento de Centros de Saúde da Amadora entre 2014 e 2018. Foi nomeada em regime de substituição enquanto decorre o concurso para subdiretor-geral.

Além destes, a diretora dos Serviços de Informação e Análise e a chefe de Divisão de Epidemiologia e Estatística foram substituídas no mês de julho.

A anterior diretora dos Serviços de Informação e Análise, Graça Lima, saiu do cargo a 23 de junho depois de ter estado um período de baixa médica e foi substituída por Inês Fronteira, que foi adjunta da ministra da Saúde de novembro de 2018 a novembro de 2019.

A ex-chefe de Divisão de Epidemiologia e Estatística, Rita Sá Machado, passou a integrar a equipa da Missão Permanente de Portugal junto dos Organismos e Organizações Internacionais das Nações Unidas, em Genebra. Luís Guedes foi nomeado para este lugar em regime de substituição.

Uma fonte da DGS disse ao Público que o facto de haver quatro substituições em poucas semanas não passa de uma “coincidência” e que que nenhum destes casos se prende com eventuais divergências sobre a forma como deve ser organizado o combate à pandemia.

Isto é confirmado por Diogo Cruz que disse que, “como estamos no centro das atenções, toda a gente reparou nas saídas, que seriam encaradas como normais noutras circunstâncias”.

ZAP //

 

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