A Direção-Geral da Saúde (DGS) alargou esta sexta-feira a recomendação de uso de máscara cirúrgica para proteção à covid-19 a profissionais “fora das instituições de saúde” que lidem com doentes ou suspeitos e aos que prestam “serviços essenciais” à população.
Numa norma publicada sobre “Equipamentos de Proteção Individual para Não Profissionais de saúde”, a DGS diz que a máscara cirúrgica é “aconselhada fora das instituições de saúde” para quem possa “contactar diretamente com doentes suspeitos ou confirmados de covid-19”, bem como “com material utilizado pelos doentes”, abrangendo bombeiros, serviços de “limpeza e lavandaria”, profissionais ou voluntários de lares ou “pessoas institucionalizadas”, apoio “aos sem-abrigo” e funcionários de morgues ou cemitérios.
A DGS fez ainda uma lista de “grupos profissionais, tarefas ou situações em que pode ser aconselhado o uso de máscara cirúrgica”.
Aqui estão citados os guardas prisionais, forças de segurança, profissionais de alfândegas, aeroportos e portos e manutenção de ar condicionado; distribuição de bens essenciais ao domicílio; profissionais de limpeza de ruas e recolha de resíduos urbanos e trabalhadores no atendimento ao público, “quando não seja possível a instalação de barreira física”.
Nesta sexta-feira, na habitual conferência de imprensa da DGS, o secretário de estado da Saúde anunciou que vão chegar a Portugal 24 milhões de máscaras cirúrgicas durante este mês, além da produção de 100 empresas portuguesas dispostas a produzir material necessário ao combate à pandemia de covid-19.
“Está prevista a chegada faseada de 24 milhões de máscaras cirúrgicas até final de abril e de 1,8 milhões de máscaras PPF2 até ao final de maio”, disse António Lacerda Sales durante a conferência de imprensa diária para atualização de informação sobre a pandemia de covid-19 em Portugal, em que lembrou as 246 mortes e os quase 10 mil infetados com o novo coronavírus registados no balanço feito hoje pela direção-geral da Saúde.
O secretário de Estado adiantou que neste momento a aquisição de equipamento de proteção individual faz-se através do mercado externo, mas o país começa já a contar também com produção interna. “A indústria nacional tem mostrado disponibilidade para adaptar a sua capacidade produtiva para equipar o sistema de saúde”, sublinhou.
Lacerda Sales saudando ainda a “capacidade de transformação das empresas em cenário de crise”, que está a conseguir manter os empregos e “ao mesmo tempo ajudar o Serviço Nacional de Saúde e todos os trabalhadores que neste momento estão na linha da frente do combate à covid-19”.
Portugal regista esta sexta-feira 246 mortes associadas à covid-19, mais 37 do que na quinta-feira, e 9.886 infetados (mais 852), segundo o boletim epidemiológico da DGS.
ZAP // Lusa