Putin informa que Rússia vai reduzir gastos com Defesa

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Kremlin

Vladimir Putin afirmou esta sexta-feira que a Rússia planeia reduzir os gastos com a Defesa, atualmente em 6,3% do PIB. O Presidente da Rússia disse ainda que não tem planos agressivos em relação aos países ocidentais.

Vladimir Putin informou, esta sexta-feira, que Rússia planeia reduzir gastos com Defesa e nega planos agressivos.

O presidente russo fez questão de sublinha que a sua posição está em contracorrente com a posição da NATO, que anunciou esta semana mais gastos em Defesa.

“Nós planeamos reduzir os gastos [com Defesa] e eles [países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte – NATO] planeiam aumentá-los. E quem é que aqui é agressivo?“, questionou Putin.

Numa conferência de imprensa que marcou o final de uma cimeira da União Económica Eurasiática (UEE), que decorreu nos últimos dias em Minsk, na Bielorrússia, o chefe do Kremlin precisou que este plano está traçado “para os próximos três anos”.

Além disso, Putin revelou que atualmente as necessidades militares do país estão nos 6,3% do seu Produto Interno Bruto (PIB), o que “não é pouco”.

Putin acusa NATO de agressividade

Nestas declarações, o líder russo insistiu que “a Europa está a pensar em como aumentar as despesas” com a Defesa.

“Então, quem se prepara para algum tipo de ação agressiva? Nós ou eles?”, voltou a questionar Putin, que reconheceu que a Rússia quer acabar com a guerra na Ucrânia “com um resultado que convenha” ao país.

“Contamos com isso [que os gastos cubram]. É precisamente com isso que contamos, e não com planos agressivos em relação à Europa e aos países da NATO. Nós planeamos reduzir os gastos, e eles planeiam aumentá-los“, repetiu.

Putin mostrou-se convencido de que o aumento das despesas militares “não irá melhorar a situação da segurança” na Europa, mas terá um impacto negativo na sua economia.

“Nós, pelo menos, gastamos biliões (de rublos) principalmente para apoiar a nossa indústria militar (…) e eles [os países europeus] vão gastar os seus 5% na compra [de armamento] nos Estados Unidos e no apoio ao seu complexo militar-industrial. Mas isso é assunto deles”, salientou.

“Nós não somos agressivos”

Putin repetiu com insistência que a Rússia “não é agressiva” e mostrou-se surpreendido com o facto de, no Ocidente, se falar simultaneamente do mau estado da economia russa e dos seus supostos planos de atacar a NATO.

“Isso parece lógico?”, prosseguiu o governante.

Na quinta-feira, também o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, minimizou a importância para a segurança da Rússia do acordo dos 32 aliados da NATO de aumentar para 5% do PIB os gastos com Defesa até 2035.

Para Lavrov, a decisão da Aliança Atlântica é, na realidade, “uma ameaça para os contribuintes dos países da União Europeia e do Reino Unido”.

ZAP // Lusa

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