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Desemprego dispara em tempos de pandemia. Subiu 22% face ao ano passado

Paulo Novais / Lusa

O número de desempregados inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional aumentou 22,1%, em abril, em comparação com o período homólogo.

Segundo os dados divulgados esta quarta-feira pelo IEFP e citados pela Lusa, o número de desempregados inscritos no IEFP subiu para 392.323 (mais 71.083 pessoas).

Em relação a março, o número de desempregados inscritos também subiu, observando-se um crescimento de 14,1% (mais 48.562 pessoas).

“Para o aumento do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2019, contribuíram todos os grupos do ficheiro de desempregados, com destaque para as mulheres, os adultos com idades iguais ou superiores a 25 anos, os inscritos há menos de um ano, os que procuravam novo emprego e os que possuem como habilitação escolar o secundário”.

A nível regional, segundo o IEFP, no mês de abril, o desemprego registado aumentou na generalidade das regiões, com exceção da Região Autónoma dos Açores.

Dos aumentos homólogos o mais pronunciado deu-se na região do Algarve (com mais 123,9% de desempregados). Nos Açores, por seu turno, o número de desempregados inscritos recuou 6,2%, sendo a única região do país a verificar uma descida.

Considerando a atividade económica de origem do desemprego, dos 342.484 desempregados que, no final do mês em análise, estavam inscritos como candidatos a novo emprego, nos Serviços de Emprego do Continente, 71,7% tinham trabalhado em atividades do setor dos serviços, com destaque para as atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio (29,4%).

O setor secundário, por seu turno, foi responsável por 22,1% dos desempregados inscritos no IEFP em abril, com especial relevo para a construção (7,2%). Ao setor agrícola pertenciam 4,3% dos desempregados.

A pandemia tem tido um forte impacto nos níveis de desemprego um pouco por todo o mundo. A taxa desemprego nos Estados Unidos chegou aos 14,7% e, só no mês de abril, perderam-se 20,5 milhões de empregos. Segundo o The New York Times, a taxa de 14,7% é a maior desde os anos da Grande Depressão de 1929 e ultrapassa o pico de 10% atingido a crise financeira de 2008-2009.

ZAP // Lusa

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