Se existirem, claro, e se tiverem a tecnologia necessária e marcarem presença a até 200 anos-luz de distância, “eles” sabem da nossa existência, garante novo estudo.
Nós não sabemos se eles existem, mas eles — se de facto existirem — já sabem que nós existimos, segundo um estudo recentemente apresentado na Reunião Nacional de Astronomia da Royal Astronomical Society, em Durham.
São os aeroportos (ou, mais especificamente, os seus radares) que denunciam a a presença da Terra e dos seus maravilhosos habitantes a eventuais civilizações extraterrestres, dizem os autores.
Os sinais de radar emitidos por grandes aeroportos propagam-se no Espaço, um efeito que foi simulado agora pelos investigadores da Universidade de Manchester, de acordo com comunicado da Royal Astronomical Society.
A equipa analisou a visibilidade destes sinais a partir de estrelas próximas, como a anã de Barnard e a jovem AU Microscopii, e concluiu que as emissões combinadas dos radares de aviação civil atingem 2×10¹⁵ watts — potência suficiente para serem detetadas até 200 anos-luz de distância por radiotelescópios tão sensíveis como o Observatório de Green Bank, situado nos EUA.
Como comparação, os cientistas evocam Proxima Centauri b, que é o exoplaneta potencialmente habitável mais próximo da Terra: encontra-se a apenas 4 anos-luz. Mas com a tecnologia atual, seriam necessários milhares de anos para lá chegar.
Sinais de radares militares pareceriam artificiais
Além dos radares civis, os investigadores analisaram sistemas de radar militares, que emitem sinais mais concentrados e direcionais. Além disso, criam padrões únicos, semelhantes a um feixe de luz giratório, com emissões de pico acumuladas de cerca de 1×10¹⁴ watts.
Ramiro Caisse Saide, autor principal do estudo, explica que estas emissões pareceriam artificiais a observadores distantes e equipados com radiotelescópios potentes.
Os sinais de radar “podem funcionar como sinais universais de vida inteligente”, adianta o autor, que explica que o trabalho tem como objetivo orientar a (até agora) insaciante procura de vida extraterrestre através da identificação de tecnoassinaturas.
“distânci)”?