Declarações IRS: há 5 novidades neste ano

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ZAP // Antínio Cotrim / Lusa; Rawpixel

Ao longo dos próximos três meses, os portugueses vão entregar as declarações IRS relativas a 2022. Algumas diferenças destacam-se.

De 1 de Abril até ao dia 30 de Junho, os portugueses vão entregar as declarações IRS relativas a 2022.

A “janela” de entrega de declarações inicia-se assim já neste sábado e há cinco diferenças que se destacam.

A primeira é o aumento do número de escalões. Eram sete e passam a ser nove os intervalos do rendimento. Isto porque os terceiro e sexto escalões foram desdobrados.

“Isto deverá ajudar os portugueses a pagar menos rendimentos. A ideia é a taxa ficar mais ajustada ao rendimento dos contribuintes, fatiando um pouco mais estes escalões”, explica a contabilista Ana Santos, na rádio Renascença.

A taxa para IRS desceu na maioria dos escalões: no terceiro escalão era 28,5% e passa a ser 26,5%; no quarto desce de 35% para 28,5%; o quinto escalão passa de 37% para 35%; no sexto (a maior descida) baixa de 45% para 37% e o sétimo era de 48% e transforma-se em 43,5%.

Segunda alteração: IRS Jovem. Os jovens entre 18 e 26 anos que começam  a trabalhar têm direito a um IRS mais baixo durante algum tempo, porque uma parte dos rendimentos fica isenta de imposto. Mais jovens passam a estar incluídos nesta medida.

As novidades: a extensão do prazo deste regime de três para cinco anos, trabalhadores independentes passam a estar incluídos e desaparece o tecto máximo de 27 mil euros no valor colectável.

Na tributação das mais-valias mobiliárias de curto prazo, para quem tem rendimento colectável maior do que 75 mil euros e que tenham comprado e vendido valores mobiliários no último ano, “cai” a taxa especial de 28%. E passa a ser tributada juntamente com os outros rendimentos, de acordo com o escalão correspondente.

Os portugueses que viviam noutro país, mas que voltaram nos últimos quatro anos, vão ter 50% de isenção sobre o seu rendimento até cinco anos para a frente.

Por fim, o aumento das deduções à colecta por dependentes. Quem tiver mais do que um dependente, passa a ter dedução à colecta de 750 euros (e não 600) a partir do segundo filho, até aos seis anos.

No global, as cinco novidades serão “claramente uma poupança para o contribuinte”, segundo a contabilista. “Em termos de IRS, estamos melhor neste ano do que no ano passado”, finalizou.

ZAP //

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  1. “A taxa para IRS desceu na maioria dos escalões: no terceiro escalão era 28,5% e passa a ser 26,5%; no quarto desce de 35% para 28,5%; o quinto escalão passa de 37% para 35%; no sexto (a maior descida) baixa de 45% para 37% e o sétimo era de 48% e transforma-se em 43,5%.”

    Aproveita-se para aliviar a carga fiscal dos que mais ganham.
    2% em 20.000€ = 400€ de desconto
    8% em 50.000€ = 4.000€ de desconto

    • Ganhar bem não é crime, e a disparidade da % de imposto sobre o rendimento é absurda. O alivio da carga fiscal é uma necessidade para todos. E a saber 43,5% é muito mais que 26,5%….

      • Não é crime mas é injusto, aumenta as desigualdades e as convulsões socias: ter muitas casas não é crime, no entanto… veja o que se está a passar com a Habitação!

      • Mas se eu tiver muitas casas e se as comprei e Paguei e não quero arrendar , porque Razão terei de arrendar? Se são minhas faço delas o que quiser .Quanto ao Ganhar Mais uns que outros ou seja haver disparidade entre uma Pessoa que ganhe 500€ e outra 5000€ isso é porque estão em Profissões diferentes e se aufere esse valor certamente é porque o Merece, não quer dizer que sejam todos mas Grande Parte sim, por exemplo não se pode pagar o mesmo a um Agricultor apesar de trabalhar mais que a um Tecnico Profissional apesar de trabalhar menos, só que um Trabalha mais Fisicamente e outro trabalha mais Mentalmente

    • Mas é sempre assim, nas tabelas de IRS quem paga imposto é quem ganha até 1000€ e pessoas sozinhas, , apartir dai sobe cerca de 1% em cada escalão. Alguém não sabe contar ou dá mais jeito porque assim são sempre os pequenos a pagar!

      • Ó Isabel… e juízo?!!! Há por aqui algum?!?! Então quem paga mais imposto é quem está praticamente isento?

    • No meu caso, infelizmente as finanças nada fizeram. Baixou muito a quem mais ganha. Pagava 35% e vou continuar nos mesmos. Benefícios para mim ZERO! Já estou habituado paciência. Todos os governantes, deviam passar pela minha e, de muitos Portugueses, ou seja viúvos. Estava isento de irs como casado. Como viúvo, fui logo para os 35%. Os gastos entre casado e viúvo, praticamente são iguais. Acho que ficar nos 28,5% seria o mais correcto.

  2. Só desceu para quem ganha mais, pois que tem uma salário baixo como eu que não chega a 1.000€ , atualizaram a taxa para 7,72, o que me agravou a retenção em mais 20,00€ por mês , para quem ganha pouca faz a diferença são 20,00€.

  3. Desenganem-se…. Há 3 escalões. Os que pouco recebem e tem subsídios para tudo, os que muito ganham e podem fugir aos impostos, e nós… Os que pagam está mer….toda e não bufam…

    • Esta é a realidade, quem pouco ganha, tem isenções, subsídios e etc, quem ganha muito, pode fugir, esconder ou ter contrapartidas, ajudas de custo, carros de empresa com combustível, e isso tudo.
      Quem está no meio, não é ajudado em nada, paga tudo e não bufa, trabalho suplementar mal pago, falta de consideração pelo percurso académico, responsabilidades acrescidas, etc.
      É o que temos…

  4. O que está a acontecer, é que os rendimentos Do campo H, não foram pré inscritos no portal.
    E a meia pensão recebida o ano passado, avolumou o montante a pagar de irs para muitos reformados .
    Quem pagou o ano passado 85.00€, este ano paga 242,00€.

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