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Depois das saídas, PAN exonera assessores próximos de Cristina Rodrigues

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André Kosters / Lusa

Depois de a deputada Cristina Rodrigues passar a não inscrita, o PAN decidiu dispensar a chefe de gabinete do grupo parlamentar, o assessor jurídico e uma assessora que dava apoio a Cristina Rodrigues nos assuntos relacionados com Setúbal (círculo pela qual foi eleita em outubro).

Depois da saída de um eurodeputado, uma deputada e uma Comissão Política Regional, André Silva foi questionado pelos jornalistas sobre a hipótese de existirem mais saídas do partido. O porta-voz do PAN respondeu que era possível antecipar que “não havia mais nenhuma”, mas horas mais tarde anunciou, juntamente com Inês de Sousa Real, que três assessores estavam “exonerados” com efeitos imediatos.

Segundo o Observador, a justificação do partido para exonerar a chefe de gabinete Sara Martins, o assessor jurídico Márcio Quadrada e a assessora Susana Andrade foi a “quebra de confiança política“.

Um dos motivos que levou ao término da relação profissional terá sido a divulgação de uma investigação do Observador sobre o recurso do partido a falsos recibos verdes, que incluía grande parte do período de tempo em que os assessores, entre outros, trabalharam para o partido. André Silva e Inês de Sousa Real acusaram, inclusivamente, Márcio Quadrada e Sara Martins de terem “passado informações confidenciais aos jornalistas”.

Outro dos argumentos terá sido a proximidade à ex-deputada do partido, Cristina Rodrigues, que passou ao estatuto de não inscrita.

De acordo com o mesmo diário, Sara Martins e Susana Andrade vão manter-se pelos gabinetes da Assembleia da República: a ex-chefe de gabinete do PAN deverá ser nomeada chefe de gabinete da agora deputada não inscrita e Susana Andrade deverá integrar também a assessoria da deputada.

Já no caso de Márcio Quadrada, que soube da decisão de exoneração através de uma chamada telefónica, os argumentos terão sido os mesmos que o partido deu a Sara Martins: “Falta de confiança política”.

Contactado pelo matutino, o PAN refere que os motivos “dizem respeito ao Grupo Parlamentar e aos assessores” e que a decisão foi tomada pelo “Grupo Parlamentar”. “Os pressupostos da nomeação assentam em critérios de competências técnicas, interpessoais e de confiança política, pelo que os motivos da sua exoneração dizem respeito ao Grupo Parlamentar e aos assessores.”

ZAP //

3 Comments

    • 100% de acordo. O mais incrível é ainda haver quem apoie partidos comunistas. Nunca houve um país na história que tenha implementado Comunismo com sucesso. Foi sempre uma catástrofe. RFA e RDA formaram-se ao mesmo tempo. 20 anos depois tínhamos a RDA irremediavelmente atrasada.

  1. Lol. É cada comentário. O PAN tem que tirar as cebolas podres do cesto depois do que aconteceu. Alguns decidiram sair do partido porque já arranjaram outros partidos (só se vai saber na próxima campanha) e não gostaram de ser chamados à pedra quanto à má gestão de fundos do partido. A única forma que encontraram de poder continuar com o mandato sem terem a opinião pública contra eles foi tentar arranjar desculpas e fazer do André Silva o mau da fita com questões laterais que nada tinham que ver com a situação. Não funcionou. Life goes on.
    Continua a crescer PAN e coloca os outros partidos na ordem com mais propostas que melhorem a transparência da governação!

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