Investigadores do Fred Hutchinson Cancer Research Center, nos Estados Unidos, descobriram um potente anticorpo, encontrado no sangue de um recuperado de covid-19, que interfere com a superfície espinhosa do novo coronavírus, fazendo com que partes desses espinhos se quebrem e impedindo a infeção.
Chama-se CV30 e é uma minúscula partícula em forma de Y que é 530 vezes mais eficaz no combate ao novo coronavírus do que qualquer anticorpo até agora identificado. A conclusão é de uma equipa de cientistas do Fred Hutch, que isolou e identificou este poderoso anticorpo a partir de uma amostra de sangue de um paciente recuperado da covid-19, em Washington.
Leo Stamatatos, Andrew McGuire e Marie Pancera, cientistas que lideraram a investigação, explicaram que entre dezenas de anticorpos gerados naturalmente pelo paciente, infetado logo nos primeiros dias da pandemia, o CV30 é incomparavelmente mais potente.
Com recurso a ferramentas utilizadas na área da física de alta energia, os investigadores conseguiram mapear a estrutura molecular do anticorpo e os resultados da investigação – que revelaram que o CV30 interfere na superfície dos espinhos do SARS-CoV-2, levando-os a quebrarem-se e impedindo, assim, a infeção – foram publicados terça-feira na revista Nature Communications.
Os resultados da investigação estão num conjunto de imagens 3D geradas por computador que mostram as formas precisas das proteínas que compreendem as estruturas superficiais dos anticorpos, o pico do coronavírus e o local de ligação do pico nas células humanas.
O trabalho da equipa do Fred Hutch com o CV30 baseia-se na de outros biólogos estruturais que estão a estudar uma família crescente de anticorpos neutralizantes potentes contra o novo coronavírus.
O objetivo da maioria das potenciais vacinas contra a covid-19 é estimular e treinar o sistema imunológico para produzir anticorpos neutralizantes semelhantes, que podem reconhecer o vírus como um invasor e interromper a infeção antes que esta se instale no organismo.
Coronavírus / Covid-19
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Afinal a corrida dos americanos às armas no início da pandemia não tinha razão de ser, aquilo não se elimina à bala!
Finalmente uma boa notícia, ou talvez não…
Se desta investigação sair um medicamento eficaz, é uma boa notícia ou, se a OMS não aprovar, talvez não…
Se desta investigação sair um medicamento eficaz que possa ser rapidamente colocado no mercado, é uma boa notícia, se a burocracia e a OMS provocarem uma demora muito grande, talvez não, talvez já nem faça falta.
Entretanto temos a esperança.